A experiência de interpretar um pai na novela "Carinha de Anjo" mudou o Carlo Porto. Solteiro, o ator de 35 anos que driblou dificuldades para atuar com a pequena Lorena Queiroz afirma ao Purepeople que dar vida ao personagem Gustavo e conviver com o elenco infantil da trama despertou nele o desejo da paternidade. "O papel aflorou a vontade de ter filhos. Não só pela relação com a filha, mas por todas as crianças da história. Eu já não convivia com crianças há muito tempo, e estou em uma fase em que fui pego por elas", admite Carlo. "Eu, hoje, tenho muito mais vontade ser pai do que sentia há um ano e meio. O convívio com as crianças e a história da novela mexeram comigo. Tenho muita vontade de ter uma família e filhos."
Assim como com as crianças, a convivência com o elenco infantil é ótima. Trabalhando ao lado de artistas como Bia Arantes - que vive a noviça Cecília, que irá abandonar o hábito -, Thiago Mendonça, Alcemar Vieria e Priscila Sol, Carlo Porto conta que eles viraram amigos. "Nós saímos, vamos muito ao teatro, nos encontramos para confraternizações de todos os tipos. Eu e o Alcemar vamos sempre ao teatro porque a gente tem os gostos muito parecidos. Mas também não dá para ver todo mundo porque tem muita gente que não mora em São Paulo", diz o artista.
Ao contrário do que é esperado, já que se trata de uma novela infantil com muito musical e travessuras, Carlo Porto não é muito assediado pelos pequenos telespectadores. O intérprete do pai de Dulce Maria - vivida por Lorena Queiroz, alvo de comentários pornográficos na web -, afirma que é o público adulto que mais o aborda nas ruas. "Eu não costumo frequentar shoppings ou lugares que tenham crianças. Na rua, sou cumprimentado por adultos, por pais de crianças ou pessoas que não têm filhos mas assistem a novela por gostarem de ver uma coisa mais leve e tranquila para o horário", fala.
Viver Gustavo, homem que se divide em empresário, pai e ainda consegue dar conselhos aos amigos, tem tomado bastante tempo do dia a dia de Carlo Porto. O ator conta como é a rotina do trabalho: "É bem pesado. Eu gravo praticamente todos os dias no período da tarde. A gente abre o estúdio às duas da tarde. Mas têm dias que é uma da tarde, ou tem externa, que é sempre em horário maluco. A gravação dura em média oito horas por dia". Ele ainda enfrenta uma jornada dupla em seu desafio: "Quando chego em casa, preciso estudar cenas do dia seguinte. Às vezes eu trabalho muito mais em casa, é uma carga de trabalho grande. Tem dia que eu tenho nove capítulos de cenas que vou gravar no outro dia. Fico focado nisso para poder dar conta".
(Por Carol Borges)