Betty Faria continua sem papas na língua. Em entrevista à revista Joyce Pascowitch, a artista - que já substituiu Marília Pêra no teatro este ano - saiu em prol da liberdade de expressão e revelou uma curiosidade inusitada. "Todo mundo tem o direito de falar o que quiser. Eu, por exemplo, não gosto de mulheres gordas. Elas me incomodam profundamente. Tenho repulsa, rejeição. Sempre batalhei para não ser uma velha gorda", conta a atriz de 74 anos, que foi vítima de comentários maldosos nas redes sociais em 2013, após ser fotografada de biquíni na praia.
Afastada da TV desde o fim da novela "Boogie Oogie", Betty, que já declarou que atrizes tem um ego enorme, relembrou uma chateação nas gravações da trama, por causa de "uma colega insuportavelmente chata, que não chegava com o texto decorado".
As redes sociais se agitaram com os comentários "na lata" da atriz, tanto que seu nome foi parar entre os mais comentados do Twitter, na tarde desta segunda-feira."Já temos polêmica para tarde. Vão chamar Betty Faria de 'gordofóbica'", brincou uma internauta. "Betty Faria disse que tem repulsa de gente gorda. Nunca vou conhecê-la", se divertiu outro usuário do microblog. Outros perfis na internet se mostraram ofendidos com as declarações polêmica da atriz, que chorou no teatro ao receber uma homenagem pelos seus 74 anos. "Desnecessário", criticou outro internauta.
Betty Faria avalia a crise no país: 'Sempre existiu e está vindo à tona'
À publicação, Betty Faria ainda comentou sobre sua atividade aos 74 anos. Ela, que chegou a se afastar da TV por conta de uma cirurgia malsucedida, conta que continua atuando, viajando com seus netos, fumando 3 cigarros ao dia e indo à praia.
Telespectadora assídua das novelas e jornais atuais, Betty Faria contou à revista que enxerga um ponto positivo na atual crise: "Tudo que sempre existiu no Brasil está vindo à tona". Ela também acrescenta que não leva fé na pacificação das favelas no Rio enquanto houver tráfico. Além disso, a atriz é budista e se declara a favor da legalização da maconha e da cocaína.
(Por Júlio Parentes)