Raul Gazolla é o convidado do "The Noite", exibido pela SBT, nesta quarta-feira (10). O ator comentou a repercussão da série "Pacto Brutal", que expõe com detalhes e fotos chocantes a morte de Daniella Perez, com quem ele era casado na época. O artista não poupou críticas a Guilherme de Pádua e explicou por que o assassino, que pediu desculpas por matar a atriz, aos 22 anos, não foi convidado para estar no documentário.
+ A teoria de que a assassina de Daniella Perez é obcecada por ela é de arrepiar!
"Cinco anos eles deram fake news, fora as entrevistas que eles deram em alguns programas de televisão. Eles, não. Ele. Porque ele é muito megalômano. Um assassino, vermezinho, ele quer aparecer", disparou Raul.
Quase 30 anos depois do crime que indignou o país, Raul admite que a dor pela perda da esposa ainda é muito presente. "É sempre muito difícil a partir do momento que você perde uma pessoa que não foi por causa natural, uma doença ou acidente. Foi assassinada, tirada da gente. Todo ano é muito difícil", disse o ator.
Ainda em entrevista ao "The Noite", Raul relembrou o momento em que Gloria Perez, com quem mantém uma relação de carinho, chegou até ele e disse que precisaria de um advogado para defender Daniella, mesmo após o assassinato.
"Eu falei 'como é que a gente vai ter um advogado para defender alguém que teve uma morte tão violenta?'. Ela 'porque eles vão achincalhar a memória dela'. Não sei, parece que fica mais brando para a população quando a vítima, de alguma maneira, fez uma coisa errada, teve um caso com o assassino, traiu o marido, coisa que nunca aconteceu, não houve nada disso. Entendi isso durante esse processo, até o julgamento, quando os assassinos tiveram 'n' versões do caso e não conseguiram provar, cinco anos depois", contou Gazolla.
Raul também demonstrou toda a admiração por Glória, que lutou até o fim por injustiça e para preservar a memória da filha: "Ela fez um trabalho de detetive, de ir atrás dos frentistas que não queriam dar depoimento... A Glória é coisa de filme, ela é um ser de outro planeta. Ela conseguiu viver com isso, escrever as novelas que ela escreveu, continuar escrevendo a novela com a filha tendo sido assassinada. Não sei como classificar a Glória além de genial".