Alinne Rosa quer reverter a derrota sofrida na batalha que trava contra seus ex-empresários. O Tribunal de Justiça da Bahia determinou o bloqueio de 49% dos cachês recebidos por ela nos shows até somar a quantia de R$ 550 mil. Segundo a decisão, esse seria o valor que ela deveria pagar a seus antigos agentes por ter rescindido o contrato com eles.
Em nota enviada ao Purepeople, a Mundo da Rosa Produções Artísticas, empresa que gerencia a carreira de Alinne, informa que vai recorrer da decisão "com base de que a cantora fora vítima de grave dano à sua carreira e imagem devido à gestão da LCS", comandada pelos empresários Luiz Cláudio Souza, Duilio Monteiro Alves e Marcelo Frisoni, ex-marido da apresentadora Ana Maria Braga. O escritório da artista não especifica, no entanto, quais seriam esses danos citados.
Ainda segundo a nota, "a artista segue cumprindo sua agenda normalmente, assim como também é assegurada sua apresentação no Carnaval de Salvador", que , este ano, contará com Michel Teló e Anitta, que também está envolvida em uma batalha judicial contra sua ex-empresária e perdeu a primeira disputa.
'Ela está demonstrando ingratidão', diz advogado
Procurado pela reportagem, Marcelo Frisoni minimizou a acusação feita por Alinne de danos à carreira e imagem dela. "Agora ela vai alegar isso para não pagar a conta", limitou-se a dizer ele. Já o advogado que defende o trio de empresários, Alano Frank, foi mais incisivo.
"Ela está demonstrando ingratidão. Meus clientes acreditaram na carreira solo dela (após deixar a banda Cheiro de Amor), gastaram dinheiro e a Alinne ainda diz que teve danos? Quais danos podem ter sido causados por três pessoas que a salvaram? Isso é uma piada de mau gosto. Ela é uma piadista. Dano quem vêm sofrendo são meus clientes, que investiram R$ 1,5 milhão nela", dispara o advogado.
Alinne pode ter que pagar R$ 5 milhões a ex-empresários
Segundo ele, o contrato com Alinne foi rescindido em outubro do ano passado porque ela queria gerir sozinha sua carreira e não estava mais prestando contas de seus shows, além de outros acordos previstos que não estariam sendo cumpridos.
Antes de entrar na Justiça para reaver o investimento feito na cantora, os empresários teriam feito uma proposta extra-judicial: pagar R$ 550 mil em dinheiro e entregar o cachê de 15 shows, o que totalizaria cerca de R$ 1 milhão. Com isso, ela não precisaria pagar a multa rescisória de R$ 5 milhões. Alinne, no entanto, teria se recusado a fazer o acordo.
"O juiz determinou os 49% até totalizar R$ 550 mil porque essa foi a proposta que fizemos para ela informalmente, mas somente em dinheiro em espécie. Ainda tinham os 15 shows. Vamos reforçar essa parte que ficou faltando e também iremos agora pedir o pagamento da multa de R$ 5 milhões na Justiça", anuncia Alano Frank.
(Por Anderson Dezan)