Desde a passagem de 28 anos, que aconteceu no capítulo de 11 de abril, a novela "Velho Chico" chegou aos dias atuais. A nova fase foi embalada pela comemoração dos 100 anos de Encarnação (Selma Egrei), que marcou também a troca do elenco, mas ainda assim, nas redes sociais muitos telespectadores se mostram confusos. A presença de aparelhos modernos de teleofone celular no capítulo desta quarta-feira (20) agitou a web. No Twitter, muitos usuários questionaram o recorte temporal, principalmente por causa do figurino, que dá a ideia de ser de época.
Apesar das chamadas explicativas e de uma retrospectiva da primeira fase antes da passagem de tempo, para muita gente não ficou claro que "Velho Chico" agora se passa nos dias atuais. Desde que as cenas de Tereza (Camila Pitanga) e Iolanda (Christiane Torloni) falando ao celular sobre a volta de Miguel (Gabriel Leone) para a fazenda começaram a surgir na rede perguntas sobre a cronologia da história.
"Gente... Estava reparando o comercial da novela, se Velho Chico é de época, por que estão usando celulares modernos?", questionou Carla Cristina, uma usuária do Twitter. E Natália Barbosa comentou: "Essa novela Velho Chico passa em que época? Porque figurino e cenário parece ser 19xx, mas tem celular touch e até skype". Mariah Nunes apontou o elenco como outro fator que confunde: "Passaram tantos anos e o Padre Romão (Umberto Magnani) e Chico Criatura (Gésio Amadeo) estão do mesmo jeito, enquanto Eulália (Fabiula Nascimento) morreu".
Trama tem estética lúdica
Thanara Schönardie, tão elogiada pelo figurino de "Meu Pedacinho de Chão" em 2014, também aé a figurinista de "Velho Chico". Esse é um dos aspectos mais criticados pelo público, que responsabiliza as roupa "antigas" dos personages pela confusão temporal. Assim como no folhetim das seis, a estética da trama das nove tem uma visão mais lúdica da realidade, e de fato com caracterizações que fogem do convencional nos dias atuais.
Algumas pessoas também questionam a existência de coronéis no Brasil atualmente, se referindo a Afrânio (Antonio Fagundes) - que é chamado de Coronel Saruê - além dos carros antigos e também a ambientação da fictícia cidade de Grotas, onde ficam a fazenda Piatã e a Sá Ribeiro.
Esse estranhamento do público já foi percebido pela emissora, que pediu ao diretor Luis Fernando Carvalho que faça alterações na novela, com receio de queda na audiência.
(Por Samyta Nunes)