Reforço em breve na novela 'Lado a lado'. Cheia de brejeirice, a atriz Jurema Reis já grava na pele de Gilda, personagem que promete esquentar a trama das seis da Globo ao despertar o interesse do "janota" (ou almofadinha, na linguagem atual) Albertinho (Rafael Cardoso ) e, consequentemente, a hostilidade da vilã Constância (Patrícia Pillar ), por ser uma moça pobre.
A artista, que foi a Maria João na novela "Morde & Assopra" (2011) e fez a temporada de 2010 de "Malhação", teve bastante tempo para se preparar, uma vez que a personagem só entraria na segunda fase do folhetim. Mas os detalhes, ela só teve acesso agora. "Até então não sabia muito sobre ela, mas soube que vai ser uma atendente do Bar do Guimarães e por isso irá conviver no meio dos homens", antecipou ela em entrevista ao Purepeople.
Assim como as duas protagonistas, Laura (Marjorie Estiano ) e Isabel (Camila Pitanga ), Gilda é uma mulher à frente do seu tempo, que trabalha fora e num ambiente masculino. É justamente aí que sua beleza encanta Albertinho, que no momento estará dividido entre o flerte (ou corte, no linguajar do início do século XX, quando se passa a trama) que faz a Esther (Rhaisa Batista ) - por exigência de Constância, sua mãe - e o interesse ainda remanescente por Isabel, com quem se envolveu no passado. "Ela chama atenção de Albertinho, primeiro, por ter o perfil que ele gosta, ser morena. Na verdade, ele se interessou desde o início pela Isabel - que é mulata - e tem tudo encaminhado para o casamento com Esther (loira), mas está tentando fugir do compromisso", explica.
A partir daí, o playboy chega a apostar com seu amigo Fernando (Caio Blat ) que vai conquistar a moça e a convida para acompanhá-lo em uma noite dançante em um salão com orquestra, mas recebe um "não". Jurema Reis entrega o motivo: "Ela não cai na lábia do Albertinho. É uma menina que precisa trabalhar e, por isso, vai romper barreiras para a época. É uma mocinha que tem acidez. Isso inclusive instiga ainda mais o personagem do Rafael (Cardoso)".
Entusiasmada, a atriz comentou um pouco sobre como é trabalhar em uma obra de época: "É diferente, a mulher no início do século XX se coloca de outra forma e a gente pensa nisso todo o tempo, mas tenta falar o texto da forma mais natural possível, aproximando do coloquial, para que o rebuscado não fique massante aos ouvidos do público".
(Por Samyta Nunes)