Thiago Salvático, chef de cozinha que se diz companheiro de Gugu Liberato, falou pela primeira vez a respeito do possível relacionamento que teve com o apresentador morto em novembro, aos 60 anos, após acidente doméstico nos EUA. Dias depois do acidente fatal, o catarinense de Criciúma passou a brigar na Justiça pela herança milionária de Gugu, que deixou seus bens para os três filhos e cinco sobrinhos. Em entrevista ao colunista Leo Dias, nesta segunda-feira (11), Thiago contou ter conhecido o apresentador há nove anos na Itália. "Apesar da distância, nós sempre mantivemos um relacionamento muito sólido e próximo", disse.
Segundo o chef, ele e o artista se encontravam com frequência. "E realizamos diversas viagens juntos pelo Brasil e pelo mundo. Não medíamos esforços para nos encontrar", contou. O catarinense disse também que pessoas próximos a Gugu, que ganhará uma exposição sobre os seus mais de 40 anos de carreira, o conheciam, mas ponderou: "Com exceção dos filhos (João Augusto, de 18 anos, e as gêmeas, Marina e Sofia, de 16) e da mãe dele (dona Maria do Céu, de 90 anos, que ganha pensão alimentícia paga pelos filhos de Gugu)".
Ainda de acordo com o chef, Gugu teria o apresentado como companheiro no Brasil. "Era muito reservado. Viajávamos juntos, ficávamos no mesmo quarto, fazíamos as refeições e os passeios juntos. No Brasil, eu também andava ao lado dele e frequentava todas as residências na condição de companheiro. Mas essa decisão de preservar a intimidade o impedia de abordar esse assunto livremente junto aos filhos, ao irmão, à mãe, aos fãs e à imprensa", disse. Segundo o catarinense, o testamento do apresentador foi feito antes de terem se conhecido. "No retira a minha condição de herdeiro, como companheiro. Eu sei o papel e a importância que tive na vida dele", justificou. "Confio que a Justiça reconhecerá a união estável que mantive com ele"
Segundo o chef, foram incluídos documentos na ação que pede o reconhecimento da relação. "Tenho a obrigação de defender a nossa relação e a verdade", disse. Ainda na entrevista, classificou Gugu como pessoa bem diferente daquela que aparecia na TV. "Na intimidade ele era divertido e carinhoso, mas, em muitos momentos, ficava sério, reflexivo e preocupado, com coisas como a performance do programa, audiência, patrocinadores, renovação de contratos, como que inovar, negócios, produtora, criação e educação dos filhos, saúde da mãe", enumerou.
O catarinense disse também que a preservação da intimidade, supostamente uma decisão de Gugu, pesava nessas oscilações. "Conversávamos muito sobre isso. Quando estávamos juntos, posso declarar com muita tranquilidade e segurança que ele era feliz", disse. Thiago classificou também o apresentador como uma "pessoa correta, divertida, educada, gentil e carinhosa. Ele era, antes de tudo, um gentleman". "Era reservado, desconfiado com quem ele não conhecia bem e tinha poucos amigos. Era muito inteligente e workaholic. Um filho que fez de tudo pelos pais e um pai apaixonado pelos filhos", relatou.
No final de semana, Homero Salles pediu respeito à memória do comunicador. "Qual a razão de manchar a biografia de alguém que nunca prejudicou ninguém? Existe um abismo entre a vida pública e a privada", escreveu o profissional que dirigiu uma série de seus programas. Classificando de covardia, afirmou: "O tempo é o senhor da razão e na hora certa, bocas se calarão, tardiamente, mas se calarão", garantiu, usando a hashtag "respeitem o Gugu".