Juca de Oliveira está no ar como o sobrevivente Samuel, em "Flor do Caribe", e contou ao radialista Roberto Canazio, da Rádio Globo, sobre como gostaria que fosse o final de Dionísio (Sérgio Mambert) na obra de Walther Negrão. O personagem do ator luta para que o rival seja responsábilizado pelos crimes que cometeu na época do nazismo.
"Eu adoraria que ele fosse levado para um tribunal internacional e julgado por todos os crimes que cometeu. Mas, a gente nunca sabe o final da novela, por ser uma obra aberta e depender de vários fatores. Entretanto tenho quase certeza que ele será e deverá ser punido pelos crimes que cometeu", pontua Juca, que é considerado um ícone da dramaturgia nacional.
O artista também falou sobre o trabalho antes de entrar em "Flor do Caribe" onde ele interpretou o vilão Santiago, o pai de Carminha (Adriana Esteves). "Foi complicado acompanhar o ritmo da Adriana Esteves como a Carminha, mas eu peguei o trem e fui em frente. Não fiquei na rabeira. Mas adorei fazer a novela", contou.
O veterano dos palcos e da televisão também foi lembrado pelo radialista dos tempos de era um galã, como quando interpretou Pedro Azulão na primeira versão de "Saramandaia", mas ele não quis assumir o título. "Eu sou caipira do interior. Um homem rústico, que anda a cavalo. Essa vaidade da beleza nunca me atingiu. Eu não me acho bonito".
O ator ainda brincou com o amigo Milton Gonçalves: "Milton, querido, que saudade de você. Olha, você é um símbolo importantíssimo do teatro e da cultura brasileira. Sempre falo sobre você como um dos atores mais íntegros do teatro brasileiro. Um excepcional ator, um dos maiores que o Brasil viu representar e faz tempo que a gente não se fala. Alô Milton, vamos tomar umas caninhas, falar mal dos colegas?", conclui aos risos.