Nos próximos capítulos de "Em Família", da Globo, Helena (Julia Lemmertz) vai ter um surto, como informou a coluna "Telinha", do jornal "Extra" desta quinta-feira (20). A leiloeira chega a quebrar um espelho de sua casa após ouvir de Virgílio (Humberto Martins) que ele apoiaria um possível romance entre Luiza (Bruna Marquezine) e Laerte (Gabriel Braga Nunes).
A discussão entre marido e mulher começa quando Helena encontra desenhos de Laerte no caderno de faculdade de Luiza. Ela corre para mostrar ao marido: "Eu avisei que isto estava acontecendo! Luiza e aquele demônio. Ela age como se estivesse interessada nele. Não tá vendo? São desenhos dele, olha a flauta, a figura, não reconhece?".
Virgílio minimiza os comentários da mulher, dizendo que já conversou com a filha sobre o flautista: "Ela me disse, me garantiu, que não tem nenhum interesse no Laerte. Mas, eu sei, que ele é um artista, tem carisma, natural que exerça um fascínio sobre as meninas".
Irritada com a calma do marido, Helena dispara, aos gritos: "Nada que vem dele é natural. Muito pelo contrário. Esta aproximação dos dois... Agora, neste exato momento, onde está nossa filha? No recital dele. Amanhã estará enfiada naquele galpão, até sabe deus que horas. Com ele!".
Virgílio tenta acalmar Helena explicando que, por ser jovem, Luiza gosta do que é proibido, então o melhor é ela não ficar tocando nesse assunto: "Luiza tá na idade de contestar, de querer afirmar a própria personalidade. Mas tem o mesmo temperamento forte que você tinha na idde dela. E é curiosa! O passado, sempre tão lembrado por você, todos os dias, mexe com o imaginário dela. É uma garota contra a mãe. Tem um quê de proibido em tudo isso", explica ele.
Helena rebate: "Não estou acreditando. É isso mesmo? Dá um jeito de torcer os fatos e virar contra mim? Agora eu sou a culpada se a Luiza se interessar por ele? Eu!". Virgílio começa a se irritar com a insistência da mulher, que percebe. Ele admite: "Tenho que confessar que estou. Não gosto de você fazendo esse papel policialesco de fuçar as coisas da nossa filha!".
E o escultor continua: "Você está acostumada a não ser contestada. Mas eu também estou cheio da mesma conversa todos os dias e todas as noites. Durmo com você no meu ouvido, falando, falando, falando! E sempre a mesma coisa! Caramba, pensa em você, viva! E deixe a nossa filha viver!".
Ele se acalma e tenta ser ainda mais claro com Helena: "Se a nossa filha se apaixonar pelo Laerte...". Virgílio ironiza, ao perceber que a mulher fez cara feia: "Ó, meu Deus, não se pode falar nesta casa o nome de Laerte!". E prossegue, sério: "se a nossa filha se apaixonar pelo Laerte, quiser casar com ele, pode preparar um lindo vestido – porque nós vamos estar presentes! Eu pelo menos, vou! E tudo que eu vou desejar para ela – é que seja muito feliz e me dê lindos netos!".
Ao ouvir isso, Helena fica incrédula e grita: "Cretino! Não tem o direito de me ofender com essa história! A minha história!". Virgílio a interrompe, também aos gritos: "A nossa história! Não é você que diz que eu devo olhar no espelho todas as manhãs, ver a marca na minha cara – e sentir ódio por ele? Pois não é no espelho que eu vejo isso, não. É em você, em você é que eu vejo as marcas que ele deixou! Já devia ter superado, já devia olhar o rapaz com indiferença e lembrar desse amor como um acontecimento da juventude que acabou em tragédia porque fomos todos – todos, eu inclusive – culpados".
Ele sai do quarto, nervoso, batendo a porta e Helena fica sozinha, sem falar nada. Ela se olha no espelho e, em um rompante, pega um objeto e atira, quebrando o espelho.