Quando anuncia que vai se separar da mulher, Virgílio joga uma caixa de fósforos em cima das recordações de Helena e é taxativo: "Ou eu, ou isso aí". Depois que fica sozinha em casa, a mãe de Luiza (Bruna Marquezine) faz a sua escolha. Ao vê-la com a polêmica caixa nas mãos, Rosa (Tania Toko) pergunta à patroa o que ela pretende fazer. "Queimar. Botar fogo em tudo!", é a resposta.
A funcionária questiona a razão dessa decisão agora, depois de ter guardado aqueles objetos por tanto tempo. "Estou dando um fim ao meu passado. Acho que sem isso não vou ter o meu marido de volta!", Helena afirma. Mas quando Rosa pergunta se o vestido de noiva também será queimado, ela recua: "Não, o vestido não. Nem ele, nem o medalhão da fênix! Eles terão outro destino".
No sequência, Helena aparece dirigindo, com a empregada ao lado e a caixa no banco de trás. Ela explica que vai fazer o que é preciso para provar ao marido e à filha que pode se desfazer das lembranças sem morrer de tristeza. "Aqui vai dar para fazer", anuncia, ao avistar um descampado. As duas improvisam uma fogueira e após alguns momentos de reflexão, a leiloeira ascende o fogo, resignada. Dentro da caixa, no carro, ainda ficam o vestido de noiva, o medalhão e um maço de cartas amarrado com uma fita desbotada.
Ao fim do "ritual", elas recolhem as cinzas e colocam em uma pequena urna. "Pronto. Era uma vez um passado. Era uma vez uma Helena infeliz, ardendo no fogo para dar lugar a uma feliz Helena", declara a filha de Chica (Natália do Vale). "Não gosto que você fale assim. Parece despedida de quem vai morrer", comenta Rosa, ao que ela rebate: "Mas é a morte de uma pessoa para o nascimento de outra. Entendo que o Virgilio e a Luiza tenham razão: enquanto uma não morrer, a outra não nasce".
Em seguida Helena vai à casa de leilão atrás do marido e coloca a urna diante dele, que pergunta o que é aquilo. "Meu passado", ela responde. O artesão continua sem entender, e a mulher pede que ele abra e veja por si só. "Meu passado morreu. Essas são as cinzas do que sobrou dele (...) Preferi que ele fosse cremado do que enterrado", ela esclarece.
Ainda um pouco relutante, Virgílio se levanta, encara a mãe de sua filha e diz: "Só lhe peço que não me prometa nada. Nem espere de mim, agora, qualquer promessa também. Acho bom que a gente continue se dando um tempo. Há muitas feridas que precisam ser curadas e cicatrizadas. Mas sinto que estamos vivendo um bom recomeço". Emocionados, os dois se abraçam. Será que o casal vai se reconciliar?
(Por Samyta Nunes)