Faltam pouquíssimos dias para o início das Olimpíadas 2024 e já te contamos aqui no Purepeople tudo o que vai rolar na principal competição do mundo, incluindo a cerimônia de abertura super diferentona no Rio Sena que acontece na próxima sexta (26) e teve, enfim, os porta-bandeiras do Brasil definidos.
Embora o Time Brasil tenha grandes estrelas nos Jogos Olímpicos, como Babi Domingos, que nos contou como tem sido sua preparação para a competição da ginástica rítmica, os escolhidos para carregar a bandeira brasileira foram Isaquias Queiroz, medalhista de ouro na canoagem em Tóquio 2021, e Raquel Kochhnan, capitã da seleção feminina de rugby.
A escolha agradou muito boa parte dos brasileiros fãs das Olimpíadas, especialmente pelas histórias de vida de ambos os porta-bandeiras do país, repletas de superação, força, muita resiliência e amor ao esporte.
Raquel Kochhnan é uma lenda para o rugby brasileiro. Embora o esporte não tenha tanta tradição no nosso país, a atleta de 31 anos tem ajudado a popularizá-lo com seu talento, que vem desde pequena, quando começou a jogar futebol no sub-15.
Nascida em Saudades, cidade de Santa Catarina, Raquel se dedicou ao futebol feminino durante alguns anos, avançando ao sub-17, onde foi notada e convocada pela Seleção Brasileira. Mas o destino interrompeu sua carreira após sofrer uma entorse, ou seja, ruptura de ligamentos em uma lesão.
Foi somente as 19 que a atleta conheceu o rugby. E a paixão pelo esporte foi tanta que ela se permitiu mudar de carreira. Com muita facilidade para o esporte, Raquel Kochhnan não demorou a se destacar em competições nacionais e, posteriormente, internacionais pela seleção de rugby.
Ela, inclusive, chegou a participar das Olimpíadas do Rio, em 2016, e Tóquio, em 2021, com status de capitã do time de rugby. Em Paris, Raquel Kochhnan disputa a terceira edição de Jogos Olímpicos, e talvez a mais importante de sua carreira.
Com uma trajetória repleta de desafios, Raquel Kochhnan também precisou lidar com uma condição preocupante após descobrir um câncer de mama em 2022, que foi alertado antes mesmo das Olimpíadas de Tóquio, em 2021, quando tomou conhecimento de um nódulo no seio.
Depois de competir em sua segunda Olimpíada, Raquel estava pronta para realizar uma cirurgia no joelho em 2022, quando apresentou células cancerígenas em seu organismo, o que a levou a fazer uma mastectomia bilateral, removendo ambas as mamas. Ela, porén, teve outra grande surpresa ao realizar alguns exames e descobrir que também estava com câncer no osso esterno, localizado no tórax.
Já em março de 2023, a capitã do time de rugby brasileiro iniciou o tratamento como quimioterapia e radioterapia, precisando paralisar sua carreira no esporte até agosto, mas nunca abandonando as atividades no CT da seleção, onde até mesmo buscava água para suas companheiras.
Com a recuperação, Raquel Kochhnan voltou a treinar pela seleção em outubro de 2023 e, já em dezembro do ano passado, finalmente retornou aos gramados para competir de forma oficial. Pouco tempo depois, voltou a ser convocada para defender o rugby brasileiro em competições oficiais.
Veio, então, sua tão sonhada convocação para as Olimpíadas 2024 e, agora, a honraria de conduzir a bandeira do Brasil na cerimônia de abertura. Que trajetória!