Preso há mais de um mês por estupro, tráfico sexual e mais crimes, P. Diddy era considerado um magnata do entretenimento. Um dos artistas mais bem pagos do hip-hop americano, ele expandiu sua fortuna de 1 bilhão de dólares - R$ 5,69 bilhões na atual cotação - em diversas outras áreas, como linha de roupas e bebidas alcoólicas.
E é justamente o investimento de Diddy no setor de bebidas alcoólicas que criou ligação curiosa com um astro brasileiro: Wesley Safadão. O rapper já foi dono da vodca Ciroc. Fundada em 2003, a bebida é considerada premium e tem como principal diferencial o fato de ser feita com uvas francesas ao invés de grãos ou batatas.
Para ajudar a alavancar as vendas, em 2007, Diddy fechou uma parceria com a empresa Diageo. A firma passou a gerenciar o marketing da vodca e os lucros passaram a ser divididos meio a meio. A sociedade transformou a bebida em um fenômeno mundial e estima-se que o cantor tenha faturado cerca de 60 milhões de dólares por ano com a marca.
Mas o que o forrozeiro tem a ver com isso? A Ciroc é citada no refrão de "Camarote", hit que transformou Safadão em uma mania nacional. "Agora assista aí de camarote / Eu bebendo gela, tomando Ciroc / Curtindo na balada, só dando virote / E você de bobeira sem ninguém na geladeira", diz a letra.
Com teor alcoólico de 35%, a vodca Ciroc é vendida no Brasil a preços que variam de R$ 130 a R$ 200.
O advogado Tony Buzbee, que já representa mais de 120 supostas vítimas, anunciou sete novas denúncias contra Diddy neste domingo (20). Quatro homens e três mulheres acusam o rapper de crimes sexuais. Duas das denunciantes afirmam que eram menores de idade quando o suposto abuso ocorreu; a primeira tinha 17 anos, e a outra, 13.
Diddy também é acusado de drogar uma menina em 2000, que, na época, teria 13 anos. O rapper teria estuprado um homem e agredido sexualmente uma mulher em 2022.
Apesar de ter recebido denúncias referentes a crimes de mais de 20 anos, o advogado afirma que a maioria dos abusos teriam ocorrido em 2022. Tony disponibilizou um número para possíveis vítimas do rapper apresentarem seus relatos. Ele garante anonimato aos denunciantes.
"Esperamos entrar com processos semanalmente nomeando o Sr. Combs e outros como réus, enquanto continuamos a reunir evidências e preparar os processos", conclui o advogado.