As Olimpíadas 2024 estão chegando e, nesta edição, Paris vai ficar pequena para tantos talentos brasileiros, que vão desde Rebeca Andrade, da ginástica artística, a Rayssa Leal, do skate. Além delas, um nome vem fazendo grande barulho com suas conquistas na ginástica rítmica: Bárbara Domingos - ou Babi Domingos para os mais íntimos.
Maior atleta da ginástica rítmica brasileira na atualidade, Babi Domingos está chegando em Paris com fama de estrela e muitas conquistas para se orgulhar. Dona de 9 títulos brasileiros, ouro nos Jogos Pan-Americanos, e a mais alta posição no individual geral em um Campeonato Mundial na história do esporte brasileiro, a atleta garantiu uma medalha de bronze na prova de fita no último final de semana, o último teste antes dos Jogos Olímpicos.
Já nos preparativos para a sua primeira Olimpíada, Babi conversou com o Purepeople e contou tudo sobre suas expectativas para a competição, trajetória de vida e carreira e o privilégio de ter sido a primeira atleta brasileira a ver o uniforme que será usado na cerimônia de abertura dos jogos.
Praticante de ginástica rítmica desde os 6 anos de idade, após um período de testes não tão bem-sucedidos na ginástica artística, Bárbara Domingos, hoje aos 24, define sua trajetória em uma única palavra: resiliência.
"Eu acredito que todos esses títulos que eu conquistei até hoje foram frutos de muita resiliência. Tudo tem um propósito e [as conquistas] foram frutos de muito trabalho e dedicação. Estou há dezenove anos na ginástica, então foram anos de treinamento para poder conquistar tudo que eu já conquistei e pretendo conquistar", conta.
Babi, assim como várias outros atletas de alto rendimento, passou por momentos delicados em sua carreira. Tendo ficado de fora das Olimpíadas de Tóquio, em 2021, por uma pontuação mínima, a atleta classifica seus altos e baixos como a força motriz por trás de sua vontade de vencer.
"Todo atleta de alto rendimento tem seus períodos de frustrações, e no meu caso eles estiveram presentes durante toda a minha carreira, mas foi onde eu mais consegui me reerguer e ter mais força de vontade de querer vencer", garante Babi, que lembra da vaga olímpica com bons olhos, apesar dos momento difíceis.
"Uma dor que eu sinto é que lembro vagamente de ter perdido a vaga de Tóquio por pouco, mas eu acredito que naquele momento não era para ser, que eu não estava ainda preparada para uma Olimpíada e hoje eu posso dizer que, sim, estou preparada para uma Olimpíada", completa Bárbara, convicta.
Se nos anos anteriores a vida de Babi possa ter sido marcada por frustrações, hoje a ginasta está na melhor fase da sua carreira. E as expectativas para as Olimpíadas de Paris 2024 são as melhores possíveis para a atleta de 24 anos, que começa a competir a partir do dia 8 de agosto.
"A gente tem o objetivo ficar entre as dez melhores do mundo. Com isso, a gente consegue pegar a final individual geral, onde até hoje nenhuma brasileira conseguiu este feito. Vou ficar muito feliz se eu conseguir chegar nesta posição, porque a gente sabe que a medalha é um pouco mais difícil, mas a gente não deixa de sonhar. Na ginástica tudo é possível, já que é um esporte feito de momentos", reflete Babi.
E ela completa, animada: "E é claro que o nervosismo sempre está presente, mas a gente sempre tenta controlar, porque é um sonho que estou realizando. Essa é a minha primeira Olimpíada e eu estou vendo isso como uma realização de tudo que eu almejo desde criança, e poder estar representando o Brasil, ainda mais no individual geral, onde foi a primeira vez que a gente conseguiu uma vaga olímpica em um campeonato mundial, é muito realizador".
Um assunto que viralizou nas redes sociais nas últimas semanas foi o uniforme que será usado pelo Time Brasil na cerimônia de abertura das Olimpíadas 2024. Composto por saia, jaqueta jeans bordada e chinelo para as mulheres, o look esbanja brasilidade e quem teve a honra de ser a primeira pessoa a vê-los foi justamente Babi Domingos.
Para o Purepeople, a ginasta contou como foi a experiência: "Eu tive a honra de ser a primeira atleta da delegação a ver os uniformes, como eles foram feitos, cada detalhe... é até difícil citar o detalhe que eu acho mais bonito, porque eu acho que o uniforme inteiro está maravilhoso", conta Bárbara.
"Cada detalhe das blusas e jaquetas tem muito a cara do Brasil e eu adorei tudo. Não tenho como descrever qual foi a minha sensação em ser a primeira atleta a tocar nos uniformes novos e poder ver de pertinho cada detalhe e cada dose amor que eles colocaram na produção", encerra Babi Domingos.