A candidata a vereadora por São Paulo capital, Léo Áquilla escapou de ser assassinada na rodovia Presidente Dutra perto do km 228 - altura do Parque Novo Mundo - nesta madrugada de sexta-feira (27). Segundo a jornalista, uma moto emparelhou no seu carro. "Quando me abaixei, ele deu o primeiro tiro, que estourou o vidro do meu carro", relatou a ex-mulher do professor de artes marciais Chico Campadello, com quem esteve casada entre 2016 e 2022.
A candidata do MDB nas eleições do próximo dia 6, marcadas por agressão de José Luiz Datena a Pablo Marçal durante debate na televisão, contou ao vivo no "Bom Dia São Paulo" (TV Globo) como ocorreu a ação criminosa, onde foram efetuados quatro tiros.
"Passou uma moto por mim, do lado direito, e bateu no meu retrovisor e parou no acostamento. Eu levei um susto! Parei imediatamente no acostamento, para prestar socorro até para o cara, para saber se estava tudo bem. Ele veio no acostamento na contramão em direção ao meu carro, iniciou Léo.
Em seguida, a candidata retornou ao seu carro e logo depois vieram os disparos. "Do nada, quando chegou perto do meu carro, ele começou a acelerar, mas assim, aquela aceleração ensurdecedora. Era um barulho muito alto. Junto, eu vi um movimento de sacar uma arma. Quando eu me abaixei, ele deu o primeiro tiro, que estourou o vidro do meu carro", prosseguiu.
Ainda na TV, Léo cobrou escolta e afirmou receber ameaças de morte. "Combato mesmo transfobia, eu combato mesmo LGBTfobia, eu defendo mesmo a comunidade. E aí, eu vivo recebendo ameaças. Já pedi para que as autoridades me dessem escolta, e ninguém acreditou em mim. Tão esperando o quê? Que realmente me matem, como quase aconteceu hoje?", questionou.
Em 2006, 2010, 2014, 2016 e 2022, Léo disputou a eleição, porém nunca conseguiu se eleger. Nessas tentativas, chegou a conquistar quase 30 mil votos.
Nesta semana, ocorreu o assassinato de João Fernandes Teixeira Filho, candidato a vereador em Nova Iguaçu (RJ), e Luis Antonio, que tentaria a mesma vaga por Diadema (SP), foi achado morto em um carro. Em um dos episódios recentes mais lembrados, a vereadora Marielle Franco foi executada em 2018 e por pouco o crime não resultou em outra tragédia, dessa vez no carnaval.