'Família é Tudo ' termina nesta sexta-feira, 27, mas deixa um personagem cativante para a história da dramaturgia. A guatemalteca Lupita, vivida por Daphne Bozaski, ganhou o coração do público pelo jeito meigo, transparente e atrapalhado. No fim das contas, a gata-borralheira fez uma transformação visual, além de arrebatar o coração de dois pretendentes.
Não é à toa que o sucesso da personagem fez com que a Globo incluísse a decisão amorosa da personagem como maior mistério do último capítulo. Para isso, a emissora gravou finais alternativos para despistar o público.
Em entrevista exclusiva com o Purepeople, Daphne Bozaski conta sua expectativa com o fim da novela, a cena mais gratificante, o sucesso da personagem e os próximos desafios. Confira!
R: Acredito que devido à leveza da trama da personagem. Ele trouxe o universo latino, músicas da Thalia, com jeito puro e, ao mesmo tempo, cômico. Acho que tudo isso foi conquistando o público, e fez com que a trama dela se tornasse gostosa e interessante de ser assistida. Quando temos 5 protagonistas, e disso eu conheço bem, devido "A5 FIVE", é muita trama para ser contada, e vejo a Lupita como uma personagem "coringa" na história, podia transitar por muitos núcleos. Acredito que isso também ajudou nessa grande repercussão.
R: A Lupita é uma personagem bem distante da Daphne, mas quando eu era criança assistia muito às novelas mexicanas, então retomei esse contato, mergulhei fundo nesse universo e busquei assistir algumas das novelas que eu já tinha visto para me inspirar e aproximar da realidade que viveria com a Lupita.
R: Acredito que toda mudança que decidimos fazer tem que ser um processo interno, por uma vontade pessoal, uma vontade que vem de dentro para fora. Não por uma pressão estética de fora para dentro. A Lupita sempre se sentiu bem com o visual dela, quando veio essa oportunidade da mudança, ela se permitiu experimentar, mas como ela mesmo disse, a mudança foi tão radical que ela sentiu que perdeu a essência dela. Isso eu achei bonito na trama, ela se permitir, mas decide ficar como ela realmente acha que é o melhor para ela.
R: Tive algumas, mas uma das sequências mais desafiadoras e marcantes foi a que a Lupita e Guto se perdem na mata. Foram dias gravando na chuva, cenas muito importantes. Foi desafiador apesar da adversidade do frio, de gravar numa mata, e conseguir transmitir os sentimentos dos personagens. Eu amei essa sequência quando foi ao ar, pois foram dias dedicados a essas cenas. As mais marcantes foram com certeza as cenas finais do último capítulo, onde ela conversa tanto com Júpiter quanto com Guto.
R: Eu gostaria que ela ficasse com os dois.
R: O carinho do público é muito gratificante. Muita gente me para na rua para falar da Lupita, para sugerir com quem ela deveria ficar. É muito bom ver o alcance que essa novela e essa personagem tiveram. Termino esse trabalho feliz com a sensação de dever cumprido.
R: Agora estou voltando para minha casa em São Paulo. E devo retornar ao meu projeto de teatro. Tenho muita saudade de voltar para os palcos, então, desde o ano passado, venho desenvolvendo um projeto com a diretora Johana Albuquerque. Espero em breve contar mais sobre esse trabalho. E, em paralelo a isso, volto a ajudar a tocar a Casa do Araújo, o restaurante do meu marido aqui em São Paulo. Um espaço que iniciou na nossa casa, abrimos atualmente sextas e sábados, mas que agora estamos expandindo.