Maya Massafera , depois de revelar o verdadeiro motivo de seu silêncio absoluto após a cirurgia de transição de gênero, se envolveu em uma polêmica com a revista Vogue, na qual foi capa da edição comemorativa do mês do orgulho LGBTQIAPN+.
Antes da divulgação da capa da revista, Maya chegou a anunciar em suas redes sociais que estava realizando o sonho de sua carreira. No entanto, depois de liberada, o sentimento mudou e ela fez um desabafo profundo nas redes sociais dizendo ter sido enganada, já que prometeram estampá-la na versão física e não só a digital, o que acabou acontecendo.
"Ser enganada é a pior sensação, né? Uma apunhalada. Um momento que estava sendo um sonho virou enganação e mentira para usar minha imagem e minha causa no mês da diversidade. Hoje só chorei pelo desrespeito comigo, Maya, e comigo, mulher trans", desabafou Maya ainda na última sexta-feira (31), fazendo certo mistério sobre o assunto.
Já neste sábado (01), Maya abordou o assunto de forma clara em seus stories do Instagram. A modelo, bastante incomodada, revelou uma possível diferença no tratamento de mulheres cis e trans em seus editoriais e explicou seu raciocínio:
"O que esperar dessa revista que já foi acusada de racismo, transfobia... Eu me senti humilhada pela revista e senti transfobia. Eles não fariam isso com menina cis padrão. Quando eles convidaram a Bruna Marquezine , Marina Ruy Barbosa ou Sabrina Sato (todas lindas que amo) para capa, eles não fizeram essa palhaçada", disparou Maya.
Na sequência de stories publicados, Maya Massafera argumentou que, em suas negociações com a revista Vogue, eles tentaram diversas vezes até que ela aceitou fazer o ensaio, mas com a condição de que estamparia também a versão física e não só a digital da revista.
"Na primeira vez que eu fosse aparecer numa revista, eu vou querer uma capa [...] Estava feliz da vida, tudo certo. Aprovei todas as fotos, me achei linda. E perguntei mil vezes, todos os dias, ao meu agente: 'não é essas capas sem credibilidades não, né?'. A resposta era não", comentou a influenciadora.
Acontece que, segundo a famosa, que recusou uma verdadeira fortuna para expor sua voz em uma publicidade, o combinado não foi cumprido e ela acabou sendo estampada apenas na versão digital da Vogue.
"A Vogue mentiu para mim, usou da minha imagem e da minha luta. Vogue, não abaixo a cabeça para vocês. Vamos para a justiça e vocês vão me dar uma capa e se responsabilizar por esse papelão e coisa transfóbica que fizeram", disparou Maya em outro trecho do seu desabafo.
Depois da polêmica ganhar a internet e dividir opiniões neste sábado (01), a Vogue emitiu uma nota de esclarecimento nas redes sociais informando seu lado da história e negando a informação de que teria negociado a capa impressa com Maya.
"Lamentamos que um projeto tão especial quanto este, fruto de extensa negociação e que resultou em imagens tão lindas e em um relato tão importante de Maya Massafera, tenha repercutido com ruído, deslocando o foco de sua essência", escreveu a revista.
"Vogue nunca negociou uma capa impressa com Maya e temos muito orgulho do material que foi produzido e publicado, com respeito e sensibilidade ao momento que ela vive. Em respeito ao desejo expressa por Maya em suas primeiras postagens, o editorial feito com ela foi excluído da edição impressa", completou.
Por fim, a Vogue ressaltou estar torcendo por Maya Massafera, instigando o público a seguir o mesmo caminho: "Seguimos acompanhando e torcendo pela trajetória de Maya e pedimos que todos façam o mesmo".