Zezé Di Camargo foi convidado pela jornalista Leda Nagle para uma entrevista em seu canal no Youtube e, na conversa, o noivo de Graciele Lacerda - com quem se mudou para nova mansão em São Paulo - afirmou já ter sido sondado para fazer um cargo político. "Me considero um cara bem politizado, mas não me imagino sendo um político. Já tive convite, já conversei com alguns políticos, mas quero ser politizado para exercer meus diretos e deveres como cidadão, não para exercer isso", esclareceu o irmão de Luciano, por quem foi parabenizado ao completar 55 anos.
O pai de Wanessa, herdeira que busca não brigar com o cantor, deu sua opinião sobre o atual momento político no Brasil. "Eu vou falar um absurdo aqui para você, vão me criticar, jornalistas vão falar de mim, achar que sou um maluco. Você sabe que o momento em que a gente vive hoje no Brasil. O Brasil lutou muito pela democracia, a emenda Dante de Oliveira, artistas em cima do palco... Mas eu fico com pena de como os nossos políticos usaram aquela liberdade que nós conquistamos, que era sair do militarismo. Muita gente confunde militarismo com ditadura. Nós não vivíamos numa ditadura, nós vivíamos num militarismo vigiado. Ditadura é a Venezuela, Cuba com Fidel Castro, Hungria, Coreia do Norte, China, esses são realmente ditadores. O próprio Chile, com Pinochet e a Argentina, um pouco. O Brasil nunca chegou a ser uma ditadura daquelas que ou você está a favor ou você está morto", argumentou o artista, cuja agenda de shows foi reduzida por ele para conviver mais com a família.
A mãe de Duda Nagle, então, argumentou que aconteceram muitos conflitos e prisões. "Mas não chegou a ser tão sangrenta, tão violenta, como a gente vive até hoje, no mundo de hoje", afirmou o artista, que valoriza looks curtos da noiva, rejeitando o modelo de governo no Brasil: "Não dá pra acreditar que muita gente ainda acredita que uma ditadura vai dar certo. Mas eu acho, eu acredito, as pessoas vão me achar maluco, não quero isso jamais pro Brasil, mas eu imagino que o Brasil hoje precisaria passar por uma depuração. O Brasil até podia pensar no militarismo para reorganizar a coisa e 'entregar' de novo. Limpamos essa corja, toma aqui o Brasil democrático".
Nos comentários do Youtube, a opinião do sertanejo dividiu os espectadores. "É como penso também a respeito do Brasil! Acho mesmo que seria a única medida viável para o lamaçal que estamos enfrentando!", exclamou uma. "Meu conceito sobre ele cresceu um pouco!", afirmou outra. "Seria cômico se não fosse trágico! "Militarismo vigiado"!", lamentou uma terceira. "'Militarismo vigiado' é um eufemismo e não se constitui uma democracia e acaba sendo um desrespeito para brasileiros que foram ou tiveram parentes e amigos que foram assassinados, torturados, perseguidos politicamente ou que até hoje estão considerados desaparecidos", argumentou outro.
(Por Marilise Gomes)