Defendido por Xuxa, o projeto de lei que visa acabar com castigos corporais para "educar" crianças foi aprovado nesta quarta-feira (21) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. A votação aconteceu em caráter terminativo e segue para o Senado.
A chamada "Lei da Palmada" rebatizada de "Menino Bernardo" tem como objetivo proteger crianças e adolescentes do castigo físico, tratamento cruel ou degradante.
Na manhã desta sexta-feira (23), em seu perfil no Facebook, a apresentadora comemorou a aprovação: "Duas grandes vitórias: agora exploração sexual infantil é crime hediondo e Câmara aprova lei que proíbe castigos físicos em crianças e adolescentes", escreveu ela, fazendo referência também à sanção presidencial que definiu como crime hediondo a exploração sexual ou favorecimento à prostituição de crianças, adolescentes e vulneráveis (PL 7220/14).
Engajada, Xuxa foi para Brasília na quarta-feira (21) acompanhar a votação de perto. A sessão começou pela manhã, mas foi interrompida por causa de um tumuldo envolvendo a apresentadora, que foi hostilizada pelo deputado federal Pastor Eurico (PSB-PE):
"A conhecida Rainha dos Baixinhos, em 1982, provocou a maior violência contra as crianças em um filme pornô", disse o parlamentar, recebendo de Xuxa apenas um gesto de coração com as mãos. Após a sessão, o deputado perdeu o seu posto na Comissão de Constituição e Justiça.
Horas depois, Xuxa resolveu se pronunciar sobre o caso através da sua conta no Faceboook:
"Gente! Tava lendo o desabafo e a opinião de vocês sobre o acontecido no Congresso. Por favor, não culpem os evangélicos. Minha mãe é evangélica e me ensinou que nem Jesus Cristo agradou todo mundo, por que eu iria? Sei que minha mãe ficou muito triste com esse senhor, mas ele já teve o seu momento de fama. Não vamos dar mais força a ele. Mais uma vez obrigada pelas lindas palavras de carinho e respeito com meu trabalho. Vou precisar de vocês, e muito. E sei que vou poder contar sempre", escreveu ela na noite desta quinta-feira (22).