No Dia Mundial do RBD, os fãs do grupo mexicano ganharam mais do que nostalgia: ganharam a certeza de que a justiça foi feita. Nesta sexta-feira (04), os membros do RBD – Maite Perroni, Christopher von Uckermann e Christian Chávez – celebraram publicamente o fim de uma longa e desgastante batalha judicial contra o ex-empresário Guillermo Rosas, acusado de desviar uma fortuna durante a lucrativa Soy Rebelde Tour, realizada no ano passado.
A disputa envolvia cifras exorbitantes e suspeitas de má gestão dos lucros da turnê internacional, que passou por países como Estados Unidos, México, Brasil e Colômbia. O empresário Guillermo Rosas, por meio de sua empresa, T6H Entertainment, havia alegado que o grupo devia mais de US$ 10 milhões pelos serviços de gerenciamento da turnê. Contudo, uma auditoria contratada pelos integrantes revelou um cenário de irregularidades financeiras que os levaram a questionar o montante reivindicado.
Em janeiro de 2024, os rumores de que o empresário teria desviado dinheiro das contas da turnê ganharam força. A situação se complicou ainda mais quando a banda se distanciou de Rosas, e alguns fãs notaram movimentações estranhas nas redes sociais: Anahí, com quem ele mantinha uma relação profissional e pessoal de longa data, deixou de seguir o empresário e até apagou os dados da empresa de seu perfil no Instagram. Além dela, Christopher Uckermann e o marido de Maite Perroni, Andrés Tovar, também deram sinais públicos de rompimento com ele.
O litígio que seguiu trouxe desgaste e incerteza tanto para o grupo quanto para os fãs, mas a maré virou. A justiça foi feita e, conforme anunciado nesta sexta-feira, o RBD venceu a batalha judicial. O acordo final estabeleceu que Rosas e sua empresa aceitaram um pagamento de US$ 4,7 milhões – menos da metade do valor originalmente reivindicado.
Em um comunicado assinado por três membros do grupo, a banda celebrou o resultado do processo e a justiça que, segundo eles, estava do lado certo desde o início. "Hoje, no dia mundial do RBD, não há melhor forma de celebrá-lo do que fazendo justiça. Finalmente, depois de um ano, este assunto foi concluído. A verdade está do nosso lado", escreveram Maite, Christopher e Christian.
A banda também explicou o impacto do processo sobre a sua relação com a indústria musical e destacou a importância de defender os direitos dos artistas, encorajando outros profissionais a não se calarem diante de injustiças. O comunicado ressaltou o papel crucial da auditoria que revelara as discrepâncias nos valores exigidos por Rosas, e a responsabilidade que sentiram em tomar as rédeas da situação.
Apesar de não terem assinado o comunicado oficial, Anahí e Dulce Maria ainda constam nos documentos da ação, embora tenham se afastado do processo por razões pessoais. Christopher von Uckermann comentou, em entrevista ao programa "Hoy Día", da Telemundo, que as duas optaram por se manter distantes, mas que isso não diminui a importância de suas participações na turnê e na trajetória do grupo.
Ainda não se sabe como esse desfecho pode impactar o futuro da banda e se isso pode significar uma possível continuidade da "Soy Rebelde Tour", que foi interrompida devido às questões financeiras. O que se sabe é que, pelo menos no Dia Mundial do RBD, os fãs têm algo a mais para comemorar além dos sucessos da banda: justiça.
"Hoje, no dia mundial do RBD, não há melhor forma de celebrá-lo do que fazendo justiça. Finalmente, depois de um ano, este assunto foi concluído. A verdade está do nosso lado. Conforme estabelecido no acordo final, a T6H, por meio de seu proprietário, Guillermo Rosas, alegava que o RBD devia à empresa de Guillermo 10.072.811 dólares em relação à gestão de Guillermo e sua empresa na turnê de apresentações ao vivo do RBD nos Estados Unidos, México, Brasil e Colômbia. Depois de apresentarmos uma queixa contra Guillermo e sua empresa tanto no Tribunal Federal, quanto junto ao Comissário de Trabalho da Califórnia, além de uma auditoria exaustiva que encomendamos, a T6H concordou, como parte do acordo final, em aceitar a quantia de 4.723.591 dólares, uma quantia que é 5.349.220 dólares a menos do que Guillermo alegava que lhe era devido."
"É por isso que tomamos a decisão de agir nessa situação. Sentimos a responsabilidade de enfrentar os desafios que podem surgir na indústria, sendo nossa prioridade a proteção dos direitos dos artistas. Este é um lembrete para que os jovens artistas tenham coragem de se defender e exigir respeito. Nesta indústria, é vital lutar pelos seus direitos."
"Estamos muito satisfeitos com o resultado de nossa ação e continuaremos defendendo a justiça e o respeito no mundo artístico."
Maite Perroni, Christopher von Uckermann e Christian Chávez – Membros do RBD