Viúva de Pelé falou sobre a morte do marido pela primeira vez em entrevista ao "Fantástico". Casada com o Rei do Futebol desde 2016, Márcia Aoki descreveu saudade do ex-jogador e a vida íntima dos dois. Eles não tiveram filhos e viviam em uma casa no Guarujá, litoral de São Paulo.
"Eu tenho memórias maravilhosas, momentos de muita saudade e de muita falta. Tem momentos que me sinto triste e outros de muita força, em que sinto a companhia dele. Existia um mundo, tanto meu como dele, muito interior, que eu não dividia com tantas pessoas. A vida íntima e particular dele, era dentro de casa, e disso fizemos um mundo só nosso. Tínhamos 50 vasos que plantamos, duas jabuticabeiras. Era um relacionamento com muita cumplicidade, amor e paz", afirmou.
Pelé foi internado em novembro para reavaliar a quimioterapia para tratar um câncer no cólon, descoberto em 2021. Contudo, ele teve uma piora no quadro e passou um mês no Hospital Israelita Albert Einstein, onde morreu, aos 82 anos, no dia 29 de dezembro.
Márcia Aoki relatou também como Pelé como via o tratamento contra a doença. "Eu não acredito que ele via como um tratamento. Acredito que ele via como um momento em que ele precisava enfrentar, como enfrentou várias crises", opinou.
"Se ele tinha uma crise ou um problema, ele não pensava na crise ou no problema, ele não pensava na crise ou no problema, ele pensava no que tinha que viver da melhor forma possível. Ele tinha uma energia muito grande. Foi isso que o fez se tornar o Pelé", pontuou.
Márcia Aoki relembrou ainda a rotina de Pelé e sua ligação intensa com o futebol. "Ele assistia a todos os jogos, comentava. Para ele, (viajar) era muito importante, o trabalho dele, de ser Pelé, era parte dele. Mas ele sabia separar também. As pessoas tinham dificuldade de entender porque ele falava em terceira pessoa, se chamando de Pelé. Dentro de casa, ele era o Edson e para o mundo ele era o Pelé", declarou.