Em 2002, Osmar Prado comoveu o público de 'O Clone' como o ex-viciado em drogas, Lobato, na novela de Glória Perez. No folhetim, ele era um homem maduro que contava sobre sua experiência no mundo das drogas e as consequências dela. Em meio aos relatos do personagem, os jovens vividos por Debora Falabella , Sérgio Marone e Thiago Fragoso sofriam diariamente com a dependência.
Em entrevista ao Conversa com Bial na noite desta quinta-feira, 12, Osmar comentou sobre o "péssimo" momento que conviveu com as drogas. "Experimentei maconha e foi uma droga. Estava de carro com Zanone Ferrite [1946-1978] e a mulher dele na época. E olhe que coisa absurda! Eu puxei o fumo com ele, e sabe o que aconteceu? Eu fui, o tempo inteiro, cantando Ave Maria de [Charles] Gounod [1818-1893] no carro lá atrás. Eu me lembro disso",relembrou.
Durante o papo, o ator comentou que nunca usou cocaína, mas bebeu álcool socialmente e fumou maconha com os amigos uma única vez. Pedro Bial continuou o assunto para saber mais detalhes. "Deu um barato místico?", questionou o apresentador. "Nunca mais me interessou. E eu cheguei a fumar [cigarro], parei de fumar. Hoje, eu não fumo. Meu vício é correr", finalizou o intérprete.
Além da novela produzida no início do século XXI, o veterano comentou sobre sua participação no remake de 'Pantanal', no qual foi rejeitado inicialmente por Antônio Fagundes . "Eu nunca poderia imaginar ser o Velho do Rio. O Fagundes... Eu conheço bem o Fagundes, ele é um intelectual. Ele não iria lá no meio dos jacarés remar. Eu acho que, para o Fagundes fazer, teria que fazer o Pantanal lá no Projac [Estúdios Globo]. Desculpa, Fagundes! É uma homenagem que eu lhe faço", brincou.
Ele também comentou sobre a recusa em participar da nova versão de 'Renascer', que acabou no final da última semana. O ator, que fez Tião Galinha na primeira versão, em 1993, temeu atrapalhar a composição de Irandhir Santos.
"Declinei por uma razão muito óbvia. Primeiro, eu já havia feito um dos personagens mais emblemáticos da novela, o Tião Galinha. Quem ia fazer agora era meu colega e amigo Irandhir Santos. Eu ia fazer o que em Renascer? E depois, outra, remeteria a lembrança do intérprete do personagem que ele estaria representando. Era contraproducente, eu nem discuti isso", declarou ele.