Vera Fischer ficou afastada dos palcos de São Paulo por 17 anos e este ano resolveu voltar. Em em cartaz com o espetáculo "Relações Aparentes", a atriz esteve no "Programa do Jô" para falar sobre o novo trabalho e explicou que, mais do que atuar, costuma escrever livros. Detalhe: ela dispensa o uso do computador e mantém o hábito de fazê-lo à mão. "Eu sou muito 'Jurassic Park'. Toda semana eu perco um celular e eu também não sei escrever em computador". Questionada sobre quantas páginas seriam necessária para um romance, ela explicou: "Cerca de um caderno universitário e meio. A mão fica inchada, mas eu escrevo à lápis".
Ao relembrar momentos da carreira, mas dessa vez sem cair no choro como dias atrás no "Altas Horas", Vera contou que está há 40 anos na TV Globo e estuda possibilidades para retornar às telinhas. "O canal tem muita gente jovem agora e pretendo, para o ano que vem, ver se eu faço alguma coisa de humor. Talvez um quadro no 'Fantástico' ou um seriado para diversificar um pouco as milhões de novelas que fiz".
Vera Fischer afirma que é corajosa e já matou uma cobra: 'Não parecia venenosa'
Declaradamente vaidosa e cuidadosa com a aparência, Vera Fischer afirmou também que é uma mulher destemida. E explicou o motivo: "Eu fiz uma peça uma vez com o Juca de Oliveira e o Guilherme Fontes no Copacabana Palace, no Rio. O cenário era de uma fazenda americana dos anos 1800 e, por isso, tinha fardos de feno. E, porque o hotel estava sendo demolido, caía pó em cima da gente, marreta à noite e várias baratas no palco. Como no espetáculo eu andava descalça. Pra ninguém perceber, eu matava a barata com o pé. Era o jeito. Eu ia deixar a barata andar pra lá e pra cá?".
A artista, que no dia a dia faz uma linha mais despojada e abre mão do glamour, também se revelou muito corajosa. Questionada por Jô Soares se já havia tido a experiência de matar uma cobra, ela foi categórica: "Já matei!". Em seguida, a veterana explicou como foi a situação. "Estava no meu sítio, na piscina, com meus amigos e meus filhos e, de repente, veio vindo pelo gramado uma cobrinha. Não era venenosa, mas ela era amarelinha. Quando eu vi, todo mundo saiu correndo. Ai eu peguei uma cadeira de piscina e acertei na cabeça dela". Em tom de brincadeira, Jô respondeu: "Olha, eu vou até me afastar um pouquinho. Que mulher perigosa!". E ainda emendou: "E como você sabe que não era venenosa?". E Vera disparou: "Ela não tinha cara de venenosa".
(Por Bruna Rossi)