No ar como Abel em "A Força do Querer", novela na qual interpreta o pai de Zeca (Marco Pigossi), Tonico Pereira falou a respeito do seu personagem na trama de Gloria Perez. Em gravação aberta nos Estúdios Globo, o ator admitiu que não leu nenhum capítulo da obra, que tem oito protagonistas. "Fui selecionando minha profissão, minhas possibilidades de trabalho pelo dinheiro que entrava. Eu nunca pensei que fosse ser ator, não era meu objetivo. Só que em um determinado momento o ator começou a me sustentar e aí eu continuei. Eu só não consigo estudar, eu não tenho capacidade pra fazer isso porque eu nunca estudei... Li muito pouco, continuo lendo. Eu não li um capítulo dessa novela, assim como não li da anterior. Tem uma menina que faz o ponto pra mim então ela que lê e eu só falo a minha fala. Mas isso foi uma capacidade que eu adquiri. Pra mim é assim que eu atuo, têm outras pessoas que atuam de outro jeito. Eu respeito os outros jeitos também, mas estou livre, leve, solto num voo sem plano de voo. Mas tenho que chegar no chão de forma plena e segura", disse.
Questionado se é um pai machista, Tonico respondeu: "Hoje em dia eu sou um homem contemporâneo". O veterano, que revelou que já trabalhou com contrabando, lembrou também que ficou doente durante as gravações, assim como outros atores. Na época, ele foi substituído por um duble após ser internado. "Eu gosto muito do Norte brasileiro. Tudo o que é novidade eu gosto. Agora eu tive alguns contratempos de saúde lá. Mas, é superável. Estou tentando superar até hoje, ainda não estou 100%. Mas foi legal. É sempre curioso você ver povo diferente, ver cultura diferente, ver terra diferente, o rio diferente... Lá o calor é muito úmido então não me dava sede. Eu tinha que beber água e não sabia, tive uma desidratação. Mas são coisas que você sendo do local não se dá conta e não acontece nada. Mas quem vai trabalhar ou passear por lá pode sofrer. Foi o meu caso eu sofri pela falta de vivência local, na próxima não me pega", comentou ele, bem-humorado.
(Com apuração de Samyta Nunes e texto de Patrícia Dias)