Se Tatá Werneck tem fãs por todo o país, mas, quando era mais nova, a situação não era a mesma. Em entrevista à Ana Maria Braga, no "Mais Você", na manhã desta quarta-feira (25), a atriz contou que já foi muito discriminada.
"Por causa do meu jeito de gostar de coisa de menino, de ser despojada, eu sofria muita discriminação. Eu ficava triste, mas era feliz", comentou Tatá Werneck.
A intérprete de Valdirene em "Amor à Vida" falou ainda sobre a personagem, que tem feito muito sucesso na trama das 21h.
"O Walcyr queria uma periguete que não soubesse ser periguete, não soubesse ser sensual. Então a primeira coisa que pensei foi que ela não saberia andar de salto direito, que tem que usar porque a mãe obriga", contou Tatá, que disse ser muito tímida. "Na primeira cena que eu fui fazer nua, não era um nu sensual, era abrindo um espacate. Eu não queria tirar a roupa, mas foi tudo feito com tanto respeito que depois fiquei mais confortável", comentou a atriz sobre o episódio em que é abandonada em um motel.
Tatá garante que o relacionamento com os colegas de cena é incrível, principalmente com Elizabeth Savala, a mãe de Valdirene em "Amor à Vida".
"As primeiras vezes que eu a vi, ficava nervosa. Ela sabe tudo, me ensina tudo. Juro que não sei como será a vida sem a Savala porque a gente se fala muito", contou Tatá Werneck.
Elizabeth também mandou um recado para a atriz. "Uma gracinha de menina. Em cena, eu olho pra ela e ela já sabe. Tem um ritmo novo nessa área de fazer comédia. Tenho aprendido muito com a Tatá", afirmou a veterana. "Ela tem um carinho de mãe mesmo", comentou a intérprete de Valdirene. Além de Savala, Carlos Machado, o Ignácio de "Amor à Vida" também mandou um recado para a colega de elenco e madrinha de seu casamento, que a chamou de "Renato Aragão de saias".
Os fãs ainda conheceram outro lado de Tatá. Ana Maria Braga contou um episódio em que a atriz e comediante deu um esporro em um homem que queria entrar na frente de uma senhora na fila do supermercado, que, por coincidência, era amiga da avó da atriz.
"Sempre tive essa coisa de militante, de direito da mulher. Era representante de turma. E isso de ajudar as pessoas me rendeu uma expulsão da escola", afirmou Tatá, que contou o caso: "Na minha turma tinha uma menina negra e um professor nosso, além de discriminá-la, estava incitando os alunos a fazer isso também. Eu levantei e saí da sala, porque não concordava com aquilo. Na época, a direção da escola não entendeu e me expulsou".
Tatá Werneck ainda comentou sobre o namoro de sete anos com o arquiteto carioca Felipe Gutnik. "Nos conhecemos quando presenciamos um assalto em um chalé. As pessoas que estavam no local se esconderam em um quarto e ficaram abraçadas, se escondendo. Todo mundo já casou, só falta eu", contou. "Ele é um homem honesto, cheio de valores bons. Uma pessoa incrível", disse, apaixonada.