Tatá Werneck dá vida à periguete Valdirene na novela das nove "Amor à Vida", em seu primeiro papel na TV Globo. Usufruindo do sucesso de sua personagem, filha da ex-chacrete Márcia (Elizabeth Savalla) - quem chama de "mãezoca" - e louca para conseguir um marido rico ou dar o golpe da barriga em algum famoso, Tatá apresentou sua mãezoca de verdade para a colunista Patricia Kogut, do jornal "O Globo".
Claudia Werneck não tem nada a ver com Márcia. Fundadora da ONG Escola de Gente, que atua em 17 países, e autora de 14 livros sobre inclusão social e direitos humanos, ela se mostra orgulhosa com o sucesso da filha na trama de Walcyr Carrasco: "Me lembro do dia em que tomávamos café na cozinha e ela, com 4 ou 5 anos, me disse que queria ser atriz. Estou muito feliz com a sua conquista".
Sem o escândalo que a ex-chacrete faz em todas suas conversas, Claudia tem voz baixa e calma, e lembra que não foi fácil lidar com a rebeldia e extrema criatividade da filha. "Tatá sempre fugiu aos padrões", afirma a mãezoca da atriz, que chegou a ser expulsa de dois colégios. Tatá confirma o que diz sua mãe, dando como exemplo o irmão, Diego Arguelhes, advogado.
"Meu irmão veio pronto, foi só dar o 'play'. Eu aprontava muito, vivia de castigo. Foi comigo que ela aprendeu a ser mãe", confessa a atriz, que fundou em 2003 um projeto que até hoje é tocado pela ONG da mãe: um grupo de teatro inclusivo, com legenda eletrônica, intérprete de Libras e programas em braile.
Tatá finaliza a entrevista agradecendo todo o incentivo que teve da mãe, que morre de orgulho sempre que liga para a filha e ela fala que não pode conversar porque está gravando: "Minha mãe sempre trabalhou muito e, desde cedo, me incentivou a fazer aquilo que eu gostava. Ainda bem".