Com a morte de Silvio Santos no último sábado (17), diversas histórias curiosas sobre o icônico apresentador têm voltado à tona. Uma das mais queridas pelos fãs diz respeito à luta do dono do SBT contra a TV Globo para garantir a volta de seu principal pupilo: Gugu Liberato. Reportagens do acervo do jornal Estadão revelaram bastidores da disputa das maiores emissoras do Brasil pelo então jovem apresentador.
Em 1987, no auge do sucesso do "Viva a Noite", Gugu assinou contrato com a Globo, uma notícia que pegou de surpresa os entusiastas da televisão na época. O comunicador já estava com a estreia e outros detalhes, como o cenário, definidos, quando recebeu uma contraproposta irrecusável do SBT.
Em fevereiro de 1988, Silvio foi pessoalmente à sede da Globo ao lado de Gugu, para comunicar à vênus platinada que o apresentador iria romper o contrato recém-assinado para permanecer no SBT.
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Silvio foi até a Globo para conversar com Boni, na época, principal diretor da casa. Ele teria dito que era "mero empregado de Roberto Marinho" e pediu que o dono do Baú procurasse o fundador da emissora carioca.
A princípio, Silvio teria dito que não tinha nada para falar com Marinho, com quem não falava há 11 anos, desde que havia deixado a Globo. Mas Boni convenceu o apresentador e o jornalista decidiu recebê-lo. Os donos das emissoras conversaram a portas fechadas - nem mesmo Gugu participou do diálogo.
Ainda segundo informações de reportagem do Estadão, publicada em fevereiro de 1988, Silvio e Roberto decidiram falar de negócios e de caça submarina, deixando as burocracias para que os advogados resolvessem.
Silvio pagou a multa contratual, estimada em R$ 2 milhões, cobriu o salário oferecido na Globo e aceitou arcar com os prejuízos e danos que a Justiça determinasse.
Dois meses depois de retornar ao SBT, Gugu foi incluído na programação dos domingos da emissora. Já a Globo, decidiu contratar Fausto Silva para estrelar um programa no mesmo dia. E o resto é história.