Em 4 de setembro, a empresária e influenciadora digital Deolane Bezerra foi presa na Operação Integration, deflagrada contra uma quadrilha suspeita de movimentar cerca de R$ 3 bilhões num esquema de lavagem de dinheiro proveniente de jogos de azar. Mas muito antes dela, um outro nome ficou nacionalmente conhecido por lavar dinheiro para políticos e empresários: Nelma Kodama.
Descendente de italianos e japoneses, Nelma tentou embarcar com 200 mil euros no aeroporto de Guarulhos, mas acabou sendo presa em flagrante pela Polícia Federal, investigada, presa e condenada no esquema da Petrobras, pela força-tarefa do Ministério Público Federal, na Operação Lava Jato em 2014.
Sua história repercutiu tanto que em 2024 ela ganhou um documentário na Netflix, contando toda a sua história. Em "Doleira: A História de Nelma Kodama", o público conhece de forma detalhada como uma ex-dentista do Interior se tornou a primeira mulher a ser presa pela Operação Lava Jato e uma peça importante no esquema de lavagem de dinheiro.
Em 20 de junho de 2016 foi solta, passando para prisão domiciliar após firmar acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF). Anos depois, ela não escondeu a tornozeleira eletrônica ao receber a equipe da revista "Vogue" em seu apartamento de luxo, em São Paulo, para um ensaio.
"Meu ápice não foi chegar aonde nenhuma mulher chegou. Foi chegar com arte", disse Nelma, orgulhosa da sua atuação como doleira. Em outro momento, ela questionou: "Eu era contra a lei? O que é uma coisa contra a lei?".