Sasha Meneghel cresceu sob os olhos dos brasileiros, mas somente em 2016, aos 18 anos, que a filha de Xuxa e Luciano Szafir resolveu dar a primeira entrevista para TV e deixar público seu Instagram. Formada em Design de Moda pela renomada escola Parsons, de Nova York, Sasha lutou para se dissociar da imagem da mãe.
"Já fui muito presa à ideia de que precisava me desassociar da minha mãe para que conseguissem me enxergar. Hoje não vejo assim. Só quero que me chamem para trabalhar, por exemplo, pelos motivos certos, e que me enxerguem por quem eu sou, não por quem minha mãe é", disse a jovem de 22 anos à "Glamour".
Discreta, Sasha evitava os holofotes. Entretanto, a ida para o exterior mudou sua perspectiva sobre a vida. "Nos Estados Unidos pude explorar quem eu sou, não quem queriam que eu fosse. Me deu um alívio, uma noção de: "Posso respirar aqui". Fico feliz em ver que, mesmo de volta ao Brasil, essa necessidade de ser livre continua presente em mim", declarou.
Agora, Sasha tem compartilhado momentos de sua vida nas redes sociais: "Quando você se torna uma pessoa pública, tem muito carinho, mas também muita cobrança. Entendi que devo valorizar mesmo a opinião das pessoas que eu amo e que me amam. E que está tudo bem ser humano, tudo bem errar. Vou errar e faz parte".
Sasha contou também quais traços herdou de Xuxa e Luciano. "Da minha mãe, a transparência. Sou transparente igual a ela. É muito fácil ver o que estamos sentindo. Como ela, também sou muito competitiva e um pouquinho perfeccionista. Do meu pai, herdei os olhos, o fato de gostar muito de comer, meu lado atleta. Também dormimos na mesma posição e somos chorões", entregou.
Sasha falou ainda de sua relação com o corpo, já exibido em fotos de biquíni. "Amadurecer nesse meio não foi fácil nesse sentido. Achava que precisava sempre estar melhor, mas não caibo na caixinha que criaram para mim. Minha mãe foi modelo, então havia essa expectativa sobre quem eu seria", afirmou.
Sasha treinou ângulos e poses para disfarçar os defeitos apontados. "Cresci achando que meu rosto era muito grande... Eu tinha 12 anos quando vi na internet que parecia um biscoito Trakinas. Ler isso com aquela idade mexeu demais comigo. Fazia de tudo para minimizar, sorria olhando para baixo, evitava levantar muito a cabeça", detalhou.
"Nem sei se passou. É difícil, mas todos precisamos ajudar a mudar essa cultura. Não existe um só jeito de como a mulher deve ser, do que nos fazem acreditar que são falhas e que são só coisas normais, quem somos", argumentou.
(Por Patrícia Dias)