Renata Vasconcellos apresentou o "Jornal Nacional" depois de virar alvo de um homem que invadiu a sede de jornalismo da Globo, no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (10). A âncora comandou o telejornal ao lado de William Bonner. "Foi um susto enorme, mas nós recebemos aqui, neste ambiente, da redação, as duas colegas sãs e salvas. E por isso agradecemos também a ação impecável da PM na proteção delas. Não foi um aniversário incrível, né, Renata? Mas o mais importante é que a Marina está bem, que você está bem, e vida que segue", comentou Bonner.
Após William relatar um "grande susto" no episódio, Renata se pronunciou. "É isso, vida que segue. Desejo a todos paz", disse no fim do programa. Com uma faca, o homem – ainda não identificado –, rendeu a repórter Marina Araújo e exigiu falar com a apresentadora. A PM fez a negociação e, após a chegada da jornalista, ele se entregou. Recentemente, Renata se afastou do trabalho por "questões pessoais".
Seguindo instruções do comandante Heitor, Renata compareceu ao local onde estava Marina e o invasor. Ele a viu, largou a faca, libertou Marina e foi preso imediatamente. "A segurança da Globo rapidamente agiu, isolou o local e chamou a PM. O comandante do 23° batalhão da corporação, coronel Heitor Henrique Pereira, compareceu à emissora e conduziu a negociação. O homem, que ameaçava a jornalista, liberou a repórter após alguns minutos. Marina e todos os funcionários que estavam no local não se feriram e passam bem", afirmou.
Segundo pessoas que presenciaram a situação, o homem teria a intenção de aparecer ao vivo na Globo. Ele chegou a pedir o sinal do Globoplay para ver se estava na TV. Os funcionários, então, colocaram uma câmera fingindo que estava ao vivo, mas só transmitia o sinal internamente, como se fosse um repórter. "Vamos fazer o seguinte? Pra ficar legal? A minha palavra pra você: você vai na Renata Vasconcellos, e vai falar com ela. Mas a gente solta a menina primeiro que ela não tem nada a ver com a Renata Vasconcellos", relatou ao "Uol".
Em nota oficial, a Globo negou que a invasão e o sequestro tenham tido conotação política, como circulou na web. De acordo com funcionários que não se identificaram, o jovem, de 20 anos, do Espírito Santo, seria um fã de Renata. "A Globo repudia com veemência todo tipo de violência. Foi obra de alguém com distúrbios mentais, sem nenhuma conotação política. Um homem que exigia ver a jornalista Renata Vasconcellos. Seguindo instruções do comandante Heitor, Renata compareceu ao local onde estava Marina e o invasor. Tão logo ele a viu, largou a faca e libertou Marina. Foi preso imediatamente", explicou.
(Por Patrícia Dias)