A repórter da Globo Marina Araújo foi feita refém dentro da emissora por um homem armado com uma faca nesta quarta-feira (10). Segundo fontes do Purepeople, o fato ocorreu na sede do canal no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio, e o invasor, segundo alegou, queria parabenizar a também jornalista Renata Vasconcellos, de quem disse ser fã, por seu aniversário. De acordo com a Globo, em nota oficial, ninguém saiu ferido, e o invasor soltou Marina e largou a faca assim que viu a âncora do "Jornal Nacional". O caso lembra o atentado ocorrido contra Ana Hickmann em hotel de Minas Gerais em 2016.
Tão logo Marina foi feita refém, a emissora acionou a Polícia Militar. Enquanto mantinha a repórter refém, o homem pedia a presença da âncora do "Jornal Nacional", telejornal do qual Renata ficou afastada há alguns dias, e também de um cinegrafista. A ação do invasor à Globo durou cerca de meia hora e só chegou ao fim depois que a apresentadora do "JN" apareceu no corredor. Renata simulou que ela e o cinegrafista estavam cobrindo a invasão ao vivo. Em seguida, o homem que fez Marina refém acabou sendo preso.
A emissora carioca se pronunciou com nota oficial. "Na tarde desta quarta-feira, um homem invadiu a sede da TV Globo, no Jardim Botânico, portando uma faca. Ele fez a repórter Marina Araújo refém. A segurança da Globo rapidamente agiu, isolou o local e chamou a PM. O comandante do 23° Batalhão da corporação, coronel Heitor Henrique Pereira, compareceu rapidamente à emissora e conduziu a negociação. O homem, que ameaçava a jornalista, liberou a repórter após alguns minutos. Marina e todos os funcionários que estavam no local não se feriram e passam bem", inicia o comunicado.
"A Globo repudia com veemência todo tipo de violência. Foi obra de alguém com distúrbios mentais, sem nenhuma conotação política. Um homem que exigia ver a jornalista Renata Vasconcellos. Seguindo instruções do comandante Heitor, Renata compareceu ao local onde estavam Marina e o invasor. Tão logo ele a viu, largou a faca e libertou Marina. Foi preso imediatamente", prossegue a nota. "A TV Globo agradece à PM, ao coronel Heitor e a todos os policiais, cuja condução foi exemplar. Marina se comportou com coragem, serenidade e firmeza, sendo fundamental para o desfecho da situação. Renata foi corajosa, desprendida, solidária e absolutamente imprescindível para que tudo acabasse bem. As duas profissionais estão bem. E foram recebidas pelos colegas com carinho e emoção", conclui o comunicado.
Dizendo ser fã da apresentadora da Record TV, Rodrigo Pádua invadiu o quarto de hotel onde Ana Hickmann estava hospedada em Belo Horizonte. Na invasão, o rapaz teve um ataque de fúria e por pouco não atirou na mulher do empresário Alexandre Corrêa. Cunhado de Ana, Gustavo Corrêa desarmou Rodrigo, que acabou morrendo, depois que o invasor atirou em sua mulher, Giovana Oliveira. Dois anos após o atentado, o promotor Francisco Santiago considerou que Gustavo cometeu excesso de legítima defesa, uma vez que Rodrigo foi baleado três vezes na nuca.
Só em setembro do ano passado, Gustavo foi julgado e absolvido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais por unanimidade, reforçando opinião do delegado que cuidou da investigação na época. "Se o acusado Gustavo efetuou um ou três tiros, tal questão é resolvida com o conhecimento pacífico e indiscutível de que a legítima defesa não se mede objetivamente, pois, a pessoa que luta por sua vida, desfere tantos tiros quanto sua emoção no momento, ou mesmo seu instinto de preservação, demonstram ser necessários", se posicionou a juíza Âmalin Aziz Sant'Ana. "Meu Deus, muito obrigada! 3 a 0. Legítima defesa. Mais uma vez a justiça foi feita. Decisão dos desembargadores. Obrigada por todos que oraram, por todos que torceram, obrigada por cada mensagem de apoio e carinho", festejou Ana.
(Texto de Guilherme Guidorizzi)