Depois de Marcão do Povo chamar Ludmilla de "macaca" ao vivo no "Balanço Geral", da Record TV Brasília, em janeiro, a emissora será notificada pelo Ministério Público Federal para veicular mensagens contra o racismo durante 10 dias úteis. Em documento obtido pela revista "Carta Capital", a MPF afirma que "a palavra macaco é uma das poucas expressões que consegue simbolizar com tanta força e clareza a discriminação racial e a perpetuação de uma cultura racista e preconceituosa".
Além de veicular as propagandas contra o preconceito, o canal de Edir Macedo foi condenado a pagar indenização de R$ 500 mil pela fala de Marcão, contratado pelo SBT após a polêmica. O valor será revertido para ações de promoção de igualdade racial. Os procuradores alegaram que a declaração de Marcão "incutiu ao público a mensagem de que aos negros não é outorgado o direito de administrar, com liberdade e da melhor forma que lhes convier, a fama e o sucesso alcançados".
Na ação, a emissora afirmou que não compactua com as declarações do apresentador. No entanto, segundo a MPF, "não houve providência para oportunizar direito de resposta ou esclarecimento veiculado no próprio programa para afirmar seu repúdio às ofensas racistas por ela exibidas".
A funkeira afirmou que ficou perplexa após o jornalista ser contratado pelo SBT após os comentários racistas na Record. "Quando ele foi demitido pela Record, eu pensei 'caraca, fez bem, não está conivente com este tipo de ação e não concorda com este tipo de crime'. Quando eu soube que o SBT o contratou, eu pensei 'oi?'. Não posso mudar nada. É algo que me assustou e não imaginei isso."
Ludmilla, comparada a Michael Jackson nas redes sociais, chamou atenção ao ser vista com um Porsche, avaliado em R$ 400 mil, nas ruas da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. "Era um sonho, sempre quis ter um carrão daqueles. A gente tem medo de violência, mas não dá para deixar de viver por isso", explicou a cantora.
(Por Tatiana Mariano)