Chamada de "macaca" pelo apresentador Marcão do Povo , Ludmilla contou que ficou surpresa ao saber que o SBT contratou o jornalista e falou que a atitude da Record de demiti-lo em janeiro foi plausível. "Quando ele foi demitido pela Record, eu pensei 'caraca, fez bem, não está conivente com este tipo de ação e não concorda com este tipo de crime'. Quando eu soube que o SBT o contratou, eu pensei 'oi?'. Não posso mudar nada. É algo que me assustou e não imaginei isso", disse à revista "Glamour".
Após o comentário, Marcão negou ter sido racista com Ludmilla e alegou que não tinha intenção de ofendê-la. A funkeira, no entanto, não concordou com com a declaração e afirmou que ele quis ser ofensivo:
"Olha o jeito que ele fala no vídeo. É só ver! Se fosse qualquer tipo de gíria, tinha de falar com quem ele conhece. Quem é gay não pode ser chamado de 'veadinho' por quem não o conhece. A pessoa vai ficar furiosa. Se for um amigo é diferente. Só deve usar isso com quem é amigo. Dá para ver, durante o vídeo, quando a pessoa está de maldade ou na pureza. Você não é idiota e sabe das coisas".
Em 2016, Ludmilla foi ofendida nas redes sociais por ser negra e foi à delegacia denunciar internautas. "Como sou uma cantora negra, todos os que estão à minha volta sabem como é pesada essa parada de racismo. Eu resolvi tomar esta iniciativa para mostrar que o racismo realmente existe. Não tem como explicar a dor do racismo para quem não sofre. Não tem como explicar para alguém que nunca sofreu um acidente de carro como é a dor de quem estava lá dentro. Essa é a dor do racismo. A gente vai tentando explicar com desenho ou vídeo que isso é real. Vou à delegacia quantas vezes forem necessárias, também para encorajar cada vez mais às pessoas a fazerem isso", explicou.
(Por Patrícia Dias)