Daniel Alves foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão em acusação de estupro contra uma jovem em boate de Barcelona, Espanha, no penúltimo dia de 2022. Preso desde janeiro de 2023, o ex-jogador da Seleção brasileira aguardava a sentença, que saiu nesta manhã de quinta-feira (22), desde o fim do julgamento no último dia 7 marcado por um forte depoimento de uma amiga da vítima e pela quinta versão que o atleta apresentou, acompanhado de um choro.
Acusado fortemente por um ex-companheiro de cadeia, Daniel chegou ao tribunal de Barcelona por volta das 10h da manhã (hora local). Também estavam presentes os advogados de ambas as partes, além das promotoras. O lateral brasileiro poderá recorrer da sentença pelo Supremo Tribunal da Espanha e pelo Tribunal Superior da Justiça da Catalunha
De acordo com o "La Vanguardia", o tribunal entendeu haver provas evidentes de que houve o abuso - ou seja, a vítima não consentiu o sexo em uma cabine de banheiro da boate espanhola. A pena que Daniel Alves terá que cumprir é menor que a pedida pelo Ministério Público (9 anos) e também inferior daquela pedida pela acusação (12 anos).
Ao longo de três dias de julgamento, 28 pessoas foram ouvidas. Entre elas, a mãe de Daniel Alves, Lucia, e a mulher do brasileiro, a modelo Joana Sanz, que acabaria acusada de dar falso testemunho para não incriminar o marido.
Aliás, nos últimos dias vieram à tona uma carta íntima que Daniel enviou para a mulher, e também notícias envolvendo um estado de depressão do ex-jogador do PSG, Barcelona, São Paulo e Bahia. Por conta disso, o lateral passou a receber uma atenção maior da equipe da penitenciária como forma de evitar que faça mal a si mesmo, em um protocolo chamado "antissuicídio".