Pouco mais de um mês após o ocorrido, a morte de Paulinha Abelha ganha um desfecho. Na manhã desta quinta-feira (31), um parecer médico revelou as reais causas do óbito da vocalista da Calcinha Preta. O laudo foi encomendado pelo viúvo, Clevinho Santos, que contratou uma equipe para avaliar os prontuários dos dois hospitais em que a estrela do forró esteve internada.
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Ao contrário do que foi especulado, especialmente, por conta das substâncias encontradas no corpo de Paulinha, o laudo afirma que as lesões renais não tiveram relação com o uso de medicamentos, tanto os receitados pela nutróloga, quanto os utilizados no período de internação. O documento reforça, também, que os remédios receitados para emagrecimento não causaram intoxicação na artista.
O parecer médico informa que não houve conduta médica inadequada por parte dos profissionais que cuidaram de Paulinha Abelha. "Exames realizados (Liquor) evidenciam uma infecção em Sistema Nervoso Central, com a celularidade demonstrando a hipótese diagnóstica de uma Meningite", diz o documento.
O laudo comunica que não há elementos para concluir que uma intoxicação alimentar desencadeou o problema de saúde e nem para afirmar que haveria chances de cura caso Paulinha tivesse recorrido a um atendimento médico antes. "O óbito da paciente ocorreu devido a um processo infeccioso no Sistema Nervoso Central, conforme consta na Certidão de Óbito, e não decorrente de Intoxicação Exógena medicamentosa", conclui o documento
O presente parecer médico teve como objetivo apurar qual a patologia que motivou a internação e culminou com o evento morte da paciente Paula de Menezes Nascimento Leca Viana.
De acordo com a documentação analisada, as lesões renais apresentadas pela paciente não possuem relação com uso de medicamentos. Baseado nos documentos médicos analisados, a lesão hepática não possui nexo causal com os medicamentos prescritos pela Clínica Cavallaro e durante a internação Hospitalar (Hospitais UNIMED e Primavera).
Exames realizados (Liquor) evidenciam uma infecção em Sistema Nervoso Central, com a celularidade demonstrando a hipótese diagnóstica de uma Meningite.
Não foi evidenciado a presença de conduta médica inadequada durante sua internação Hospitalar (Hospitais UNIMED ou Primavera). O tratamento instituído pelos citados Hospitais seguiu o protocolo específico e bibliografia médica atual, porém, houve uma rápida evolução para o óbito.
Os medicamentos prescritos pela Clínica Cavallaro e durante a internação Hospitalar (Hospitais UNIMED e Primavera), não causaram lesões e/ou intoxicação na paciente, ou seja, não existe nexo causal entre os medicamentos prescritos e o evento óbito.
Não há elementos para concluir que uma intoxicação alimentar desencadeou a patologia da paciente, porém, intoxicações alimentares podem causar lesões renal, hepática e cerebral, culminando em alguns casos com o óbito do paciente dependendo da gravidade da doença e a virulência do agente patológico.
Não há elementos para estabelecer se a procura antecipada por atendimento médico neste caso poderia conter a evolução da doença. Contudo a procura rápida por atendimento médico é na maioria dos casos o ideal para obter sucesso em um tratamento médico, porém, a evolução da patologia apresentada pela paciente foi rápida e incontrolável evoluindo ao óbito.
O óbito da paciente ocorreu devido a um processo infeccioso no Sistema Nervoso Central, conforme consta na Certidão de Óbito, e não decorrente de Intoxicação Exógena medicamentosa.
São Paulo/SP, 31 de março de 2022