Prisão de Deolane Bezerra: Justiça cita filha da famosa da web ao negar pedido de liberdade. 'Não teve cuidado'

Deolane Bezerra teve pedido de habeas corpus negado pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco após ser presa pela segunda vez no último dia 10 por descumprir medidas da prisão domiciliar. Dessa vez, a advogada e influencer está em uma colônia penal de Buíque, longe quase 4h da capital, Recife, como forma de tentar evitar aglomeração de fãs diante da penitenciária.

"A autoridade policial noticiou que a paciente (Deolane, proprietária de carros milionários e 12 mansões), mal pisou fora do estabelecimento prisional, cuidou de se manifestar sobre o processo perante a imprensa e postou mensagem que remete subliminarmente ao processo em rede social, afrontando as medidas cautelares que lhe foram impostas", argumentou o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, segundo o "g1".

Para Maranhão, Deolane, investigada em ação sobre lavagem de dinheiro e participação em jogos de azar, tudo negado por ela, tentou, de forma "gravíssima", "mobilizar milhões de pessoas contra uma investigação policial em curso" tendo como base a investigação de "crimes de gigantesca monta contra o Estado e a sociedade" - a compra de um carro milionário desencadeou a ação da Polícia Civil.

Em outro momento, o desembargador critica a entrega de dinheiro aos fãs de Deolane por sua família. A filha menor da influencer também foi citada na decisão. "Foi autorizada a deixar o cárcere, foi exclusivamente pensando no bem da sua filha (...). Lastimo que não tenha tido para com a sua filha a mesma prioridade, atenção e cuidado que a Justiça brasileira teve", sentenciou.

No dia seguinte à primeira prisão (quinta, 5), Deolane seguiu atrás das grades após audiência de custódia. Depois, no mínimo, um habeas corpus foi negado à influencer, advogada e ex-"A Fazenda", que processa o SBT por conta da cobertura jornalística de sua prisão.

Já na segunda-feira (9), a defesa conseguiu a liberdade com base em artigo do Código Penal - ela é mãe de uma menina de 8 anos e a legislação permite a soltura de quem seja mãe de menor de até 12 anos.