Preta Gil buscou referência na cultura africana ao lançar seu novo clipe, "Cheia de Desejo". "Sou uma mistura de raças como o nosso Brasil, tenho sangue negro, índio, branco e quis dedicar esse clipe à influência africana em nossa cultura e, consequentemente, no ritmo e essência do carnaval", explicou a cantora. A música faz parte do álbum "Todas as Cores", comemorativo dos seus 15 anos de carreira. Em novembro, um outro vídeo do disco acabou sendo retirado do Youtube por 12 horas.
A filha de Gilberto Gil fez ainda um comparativo do seu novo trabalho com os dias de folia, onde vai comandar o seu bloco no Rio de Janeiro (no dia 4) e em Salvador (no dia 10). "'Cheia de Desejo' tem uma sensualidade e uma alegria carnavalesca comuns a todas as partes do país", opinou. "Vejo uma conexão de norte a sul, vejo como todos se misturam em um momento único onde a união acaba derrubando preconceitos e as fronteiras", completou a mulher de Rodrigo Godoy, com quem quer ter filho ainda este ano. A gravação reuniu 20 pessoas dirigidas por Fernando Meirelles e João Monteiro e foi feita no Largo do Boticário, no centro do Rio.
Assim como Sabrina Sato, a avô da pequena Sol de Maria, que roubou a cena nos 10 anos do bazar da cantora, tem uma agenda cheia nos dias de Momo. Nesta quinta-feira, Preta canta no tradicional baile da Vogue. No domingo, leva seu bloco pelas ruas da Cidade Maravilhosa. O "Bloco da Preta 2222" sai no sábado de carnaval pelas ruas da capital baiana. Também em Salvador, receberá convidados no camarote "Expresso 2222", criado por seu pai. No dia 11, de volta ao Rio, organiza o "Baile da Preta" no Clube Monte Líbano. Pabllo Vittar, que apostou em romance com Lucas Lucco em clipe, e Jojô Toddynho vão participar da festa. A maratona prossegue na Sapucaí em camarote nos dias 11 e 17, quando também vai promover feijoada. No dia 12, se apresenta em Florianópolis.
A mulher de Rodrigo deixou de fora do seu dicionário algumas palavras. Entre elas, "mulata" após descobrir a sua origem. "Mulata vem de mula e denegrir é tornar negro", explicou. "Imagina ser vaiada por um teatro com duas mil pessoas?", questionou.
(Por Guilherme Guidorizzi)