Preta Gil publicou na web um conteúdo para tirar dúvidas a respeito da bolsa de ileostomia que a acompanha desde a cirurgia, etapa final do tratamento contra o câncer no intestino, descoberto em janeiro. O item exterioriza a parte final do intestino delgado e tem como objetivo desviar as fezes, até que o órgão cicatrize após a operação.
Preta revelou que ela mesma faz a limpeza da bolsa. Sem a companhia de enfermeiros 24 horas por dia, a cantora explicou que tomou a decisão em busca de mais autonomia e iniciou o processo antes mesmo de receber alta do hospital.
"Durante os primeiros dias, isso é comum, a gente fica numa rejeição com a bolsa, em uma relação um pouco estranha. Como eu estava no hospital e os enfermeiros estavam disponíveis para limpar, eu não mexia nela. Mas, nos últimos dias, nos últimos sete dias, eu mesma comecei a limpar, porque entendi que teria que ter alguma autonomia em casa, mesmo indo para casa com enfermeiros no primeiro dia", justificou Preta, que ainda completou: "Já criei algumas formas e mecanismos de limpar, ser prática, e estou começando a me sentir mais livre".
A cantora, que segue em turnê com o pai após a cirurgia, revelou que já se sente confortável de fazer a limpeza da bolsa até mesmo fora de casa. "Semana passada, fui a um restaurante e me senti à vontade. Quando encheu, levei meu kitzinho de esvaziamento, fui ao banheiro, usei, fiz o descarte, limpei e voltei. Tudo certo", celebrou.
Preta publicou o vídeo no Instagram não apenas para tirar dúvidas dos fãs, mas, também, para quebrar tabus, desmistificar preconceitos e combater a desinformação em relação às bolsas de colostomia e ileostomia.
"Isso é um milagre, uma evolução muito grande da ciência, na tecnologia, da medicina. Então, me sinto abençoada em poder, durante esses três meses, fazer o uso da bolsinha para que a minha cicatriz da minha operação no reto, sare, cicatrize e eu possa, daqui um mês e meio, retirar ela", disse Preta, que publicou fotos de biquíni onde exibia orgulhosamente a bolsa.
A carioca ainda afirma que, hoje em dia, a bolsa não a incomoda mais. "Tudo é uma questão de costume. No começo, quando falaram que eu ia usar a bolsa, fiz um drama. Quando saí da cirurgia, fiquei estranhando. E, de repente, comecei a entender, ver e ouvir histórias, de como a bolsa salvou vidas. Pessoas que poderiam morrer de câncer ou usar a bolsa. A bolsa é uma salvação", comemorou.