
"Benedito Ruy Barbosa está mais fraquinho e precisa de assistência integral", afirmou sua neta Paula Barbosa, atriz, frisando que o avô famoso está lúcido e com saúde a pouco menos de três meses de completar 94 anos de vida (em 17 de abril). Assim como Manoel Carlos, diagnosticado com Parkinson, o autor de novelas como "Cabocla" (1979 e 2004, esta atualmente em reprise na Globo) está aposentado - seu último trabalho foi em "Velho Chico" (2016).
De acordo com Paula, Benedito deixou o seu sítio, em Sorocaba, distante quase 5h da capital paulista, para morar com a família na cidade de São Paulo. "Aquele lugar era o sonho da vida dele. Depois que minha avó morreu (em 2014), ele foi ficando muito sozinho. Ele é teimoso, se dependesse dele, ele continuaria morando lá. Na cidade, o acesso a médicos é facilitado", explicou à coluna "Play", do jornal "O Globo".
"Ele cansou, já não pensa em trabalhar. Segue lúcido, com saúde, mas mais fraquinho. Precisa de assistência integral", completou Paula, prima de Bruno Luperi, responsável pelos remakes de "Pantanal" (2022) e "Renascer" (2024). "Além do grande autor, ele sempre foi uma figura muito forte na nossa família, como pai e avô. É difícil vermos que ele precisa agora só descansar e viver a velhice dele bem", completou a atriz a respeito do avô, que precisou beber 75 litros de vodca para concluir uma novela.

Benedito Ruy Barbosa acumula uma série de trabalhos como autor em diversas novelas. Além da Globo, escreveu para a Cultura, Record e Bandeirantes e para as extintas Manchete, Tupi e Excelsior. São dele obras como "Meu Pedacinho de Chão" (1971 e 2014), "Os Imigrantes" (1981), "Sinhá Moça" (1986 e 2006), "O Rei do Gado" (1996), "Terra Nostra" (1999), "Esperança" (2002) e "Paraíso" (1982 e 2009).
Também escreveu "Vida Nova" (1988, última novela de Lauro Corona, morto em 1989 por complicações da Aids) e episódios do "Sítio do Pica-Pau Amarelo" (anos 1970), além da minissérie "Mad Maria" (2005) só para citar alguns trabalhos.