Um dos principais ícones da cultura pop dos anos 1990, Pamela Anderson toma controle da própria narrativa e conta, através de sua perspectiva, histórias que o público sempre julgou ter total conhecimento. É exatamente este o objetivo de "Pamela Anderson - Uma História de Amor", documentário que chega ao Netflix nesta terça-feira (31).
O documentário se debruça sobre a carreira e as polêmicas da vida pessoal de Pamela - e sobre como as controvérsias retroalimentavam a popularidade da atriz, mas com o tempo, ajudaram a derrubar o prestígio do símbolo hollywoodiano na mesma proporção.
"Uma História de Amor" oferece uma visão de Pamela para além do símbolo sexual loiro e mostra as dores, as opiniões fortes e as vivências da mulher por trás do ícone. A seguir, o Purepeople lista três histórias abordadas no documentário, que passeiam entre o curioso e o chocante, mas justificam por que este conteúdo é essencial para qualquer amante de cultura pop!
Na segunda metade dos anos 1990, no auge da fama, Pamela protagonizou um escândalo sexual que é considerado o estopim de uma prática criminosa que virou frequente em Hollywood nos anos seguintes: o vazamento de sextapes. Um vídeo onde a atriz fazia sexo com o então marido, o músico Tommy Lee, foi roubado da mansão do casal e vendido em VHS como um filme pornô.
A popularidade do vídeo fez com que as portas de Hollywood se fechassem para Pamela e os convites para trabalhos se tornaram cada vez mais escassos. Enquanto tudo isso acontecia, ela ainda precisava lidar com longas batalhas judiciais para tentar tirar o vídeo de circulação - muitas delas, em vão.
A história conturbada do casamento com Tommy resultou na série "Pam & Tommy", lançada pela Star+ recentemente. A produção se desdobra sobre o vazamento da sextape e suas consequências. Pamela não autorizou a série e disse que jamais irá assisti-la.
Inclusive, foi esta série a principal motivação para Pamela prosseguir com o lançamento do documentário da Netflix, que dá a ela a oportunidade de narrar em primeira pessoa uma situação íntima que continua a ser tratada como de domínio público.
"Eu bloqueei a história da sextape da minha vida pra sobreviver. Agora, que está tudo voltando, eu me sinto doente. Eu quero ter controle da narrativa pela primeira vez", diz Pamela, no documentário exibido pela Netflix.
Já no trailer do documentário, Pamela é apresentada como uma pessoa cuja coisa favorita na vida é se apaixonar. Casada cinco vezes, a atriz reserva histórias um tanto quanto curiosas sobre suas relações. A que mais repercutiu nos últimos dias foi a descoberta de uma traição através do órgão genital de um ex-namorado.
"Peguei uma balsa e cheguei [a Vancouver], onde finalmente conheci alguém e fui morar com ele. Ele estava tendo um caso com alguém. Notei porque quando você vê seu namorado lavando o pênis na pia, é sinal de que provavelmente ele está tendo um caso", contou a atriz.
Pamela encontrou a anotação em um antigo diário e deu risadas ao se deparar com a lembrança. No entanto, admite que, na época, foi doloroso descobrir esta traição. "Eu escrevi: 'lavando o pênis na pia - suspeito'. Olhando para trás é engraçado, mas no momento você fica horrorizada", confessou.
Outra história contada no documentário e que tem chamado atenção vem do terceiro casamento de Pamela, com o jogador profissional de pôquer Rick Salomon. Em 2007, atriz relata ter encontrado um cachimbo de crack escondido na árvore de Natal da residência do casal. Após descobrir a droga, ela procurou um advogado e entrou com um pedido de separação. O casal reatou pouco tempo depois e permaneceu junto até 2014.
Pamela afirma que o ex-marido não admite ser o proprietário da droga. "Até hoje, ele nega e diz que foi outra pessoa. Quem mais teria um cachimbo de crack na árvore de Natal? Eu é que não!", brincou.
No documentário, Pamela faz um relato delicado sobre a infância, mas que, certamente, servirá de alerta para muitos pais: dos 6 aos 10 anos de idade, ela foi vítima de abuso sexual por parte da própria babá. A atriz revelou que a criminosa dizia para não contar para ninguém o que ocorria e seus pais acreditavam que a mulher era uma pessoa de confiança.
"Meus pais achavam que ela era uma ótima babá porque ela trazia presentes o tempo todo. Mas ela estava me molestando. Foram três ou quatro anos de abuso. Ela sempre me disse para não contar aos meus pais. Tentei proteger meu irmão dela", contou Pamela.
Pamela confessou que sua vida só voltou ao normal quando a babá morreu, mas antes desse dia chegar, ela revela ter "tentando matar" a criminosa apunhalando-a com uma caneta. "Tentei esfaqueá-la no coração com uma caneta em formato de doce, disse a ela que queria que ela morresse, e então ela morreu em um acidente de carro no dia seguinte. Pensei que a tinha matado com minha mente mágica e não podia contar a ninguém. E tinha certeza de que tinha desejado a sua morte e ela realmente morreu", descreveu.