Com 2 milhões de inscritos no Youtube, Pabllo Vittar teve seu canal hackeado na madrugada desta segunda-feira (28). Os invasores deletaram o vídeo "K.O", que já tinha mais de 120 milhões de visualizações, e deixaram apenas no ar os sucessos "Nêga" e "Open Bar", hit inspirado depois de uma traição. Além disso, sua foto do perfil foi trocada por uma do deputado federal Jair Bolsonaro no alto da página. No início do mês, "Todo Dia" foi removido após Rico Dalasam pedir revisão de remuneração de direitos autorais.
No Twitter, os admiradores da drag queen, que descarta mudança de sexo, criaram a tag #todoscompabllovittar e alcançaram o primeiro lugar nos trends topics. Nas redes sociais, os fãs deixaram mensagens de apoio à famosa e se mostraram revoltados com a situação. "Essa intolerância, essa falta de empatia, de respeito precisa acabar! A volta vai ser linda", "Estamos juntos nessa, o que foi conquistado ninguém tira, apenas Deus", "É horrível perceber o quanto a maldade e o ódio se espalharam", "Meu Deus! Têm cabecinhas precisando de tratamento apra lidar com o sucesso de um ícone brasileiro, né?", "Dá a volta por cima e mostra que nada, nem ninguém, vai te destruir! Você nasceu pra ser estrela no mundo!", foram alguns dos comentários deixados para a intérprete do hit "A Sua Cara". O Purepeople procurou a artista mas ainda não obteve retorno.
Buscando sua carreira internacional com o incentivo de Anitta, Pabllo explicou por que não usa o nome no feminino. "Nunca senti a necessidade de optar por um nome feminino porque, quando decidi fazer drag, queria passar verdade através da minha arte, música, do que acho que sou. Me representa de uma forma que você não tem noção. Acho que, se eu tivesse um nome feminino, não ia passar tanta verdade. Não gosto de me trancar em uma caixa. Gosto de ser afeminada, de ser isso aqui, de sair na rua às vezes de boné. Gosto de ser o que quiser ser. Eu amo esse menino, o Pabllo sem maquiagem. Não finjo ser uma pessoa que não sou. A partir do momento que me assumi drag, me sinto mais confiante, aberta, as pessoas começaram a me ouvir diferente. Coloco tudo que tinha preso para fora", declarou.
(Por Rahabe Barros)