O jejum intermitente é considerado por nutricionistas uma maneira saudável e tolerável de emagrecimento, já que a perda de peso acontece de forma natural, sem tantas restrições alimentares. Assim como a Fast Mimicking, dieta que promete resultados no primeiro mês, o jejum intermitente já foi adotado com orientação de especialista por Juliana Paes e tem a proposta de comer quando realmente houver fome.
De acordo com a nutricionista funcional Andrezza Botelho, o jejum surgiu com os muçulmanos durante o período do Ramadan, quando as pessoas se alimentavam somente à noite, ao longo de um mês. "Ao final do período, apresentavam modificações do perfil metabólico, como melhoras no perfil lipídico, diminuição da frequência cardíaca e diminuição da massa gorda, levando à hipótese de que permanecer por período intermitentes em jejum pode trazer benefícios à saúde", explica ao Purepeople.
É recomendado visitar um nutricionista para que o jejum seja personalizado para cada pessoa. Porém, de um modo geral, Andrezza explica que existem formas pré-estabelecidas de fazer a técnica. Uma delas é o tempo restrito de alimentação, que pode ser feito diariamente. "Implica na janela de alimentação de 8 a 10 horas do dia e, no restante do tempo, só pode consumir água e chá. Este método ajuda na queima de gordura, melhora a saúde metabólica, manutenção do peso e prevenção da obesidade", explica.
Outra forma de praticar o jejum intermitente é ocasionalmente, sempre em dias alternados. "Serão consumidas no máximo 500 kcal em um dia e, no outro, a alimentação é feita normalmente. Este método ajuda na perda de peso e diminui o risco de doenças cardiovasculares", explica a nutricionista. Apesar desse benefícios, crianças, gestantes e grávidas não podem praticar nenhum dos tipos de jejum intermitentes, por mais que a prática não seja considerada uma dieta restritiva.
A dieta mimetizada, segundo Andrezza, significa consumir de 30% a 50% do total de calorias necessárias a cada indivíduo por 5 dias consecutivos, por 3 meses. Nessa alimentação, a proposta é consumir pouca proteína e mais gordura. "Este método está associado à longevidade e performance cognitiva", explica a profissional. Isso quer dizer que processos cerebrais como memória e raciocínio podem melhorar.
Quando se faz o jejum intermitente, o emagrecimento costuma acontecer de forma rápida, afirma a nutricionista, mas varia de acordo com o tipo de jejum que é feito e quais alimentos são consumidos: "Para alguns indivíduos sim, pois diminui a ingestão calórica, aumenta os hormônios que preferencialmente queimam gordura e diminui a quantidade de hormônios que inibem a queima, além de melhorar a aderência, por ser uma maneira tolerável de emagrecimento".
*** Matéria publicada em outubro de 2018 por Beatriz Doblas