Ana Maria Braga recebeu Maju Coutinho para um café da manhã no "Mais Você" desta terça-feira (24). No entanto, a apresentadora, que vive em São Paulo em uma mansão luxuosa, foi muito criticada na web por uma gafe considerada racista: ela chamou a jornalista, uma mulher negra, de "morena linda".
O termo veio à tona quando Ana falava da trajetória de Maju no telejornalismo. "Você fez um curso, não chega lá para fazer previsão porque é bonita, longilínea, falo bem, morena linda e vou estourar a boca do balão falando da previsão do tempo. Teve que aprender", disse a apresentadora.
Maju, que, este ano, viralizou na web ao encarnar "A Pequena Sereia" no "Fantástico", ainda corrigiu sutilmente a fala de Ana. "Não adianta você ser negra, maravilhosa, linda e falar da previsão. Eu tenho que aprender e eu fiz isso mesmo", reforçou.
Em 2021, Ana Maria se corrigiu e pediu desculpas ao vivo no "Mais Você" após utilizar o termo "inveja branca", que tem conotação racista. A expectativa entre os fãs da apresentadora é que, novamente, ela se retrate no ar no programa desta quarta-feira (25).
No Twitter, a gafe de Ana Maria não repercutiu bem. Uma série de usuários lamentaram a falta de informação da apresentadora perante o termo.
"Ana Maria Braga chamando a Maju de morena linda foi pra acabar. Elegantemente, corrigiu à altura", escreveu uma internauta. "Pleno 2023 e Ana Maria Braga chamando a Maju Coutinho de morena", lamentou um perfil. "Fiquei com vergonha pela Ana Maria Braga, chamou a Maju Coutinho de morena em rede nacional", comentou um "tuiteiro". "Lamentável ainda ver esse tipo de coisa", expressou uma pessoa.
Cabe reforçar que chamar uma mulher negra de "morena" é uma forma de apagamento da identidade racial, além de refletir uma época em que as pessoas achavam que poderia ser ofensivo chamar alguém de negro. Mas não é, como reforça a colunista Duda Buchmann, do jornal digital GZH.
"Toda essa questão atinge a nossa autoestima e é ela que faz com que tenhamos força para buscar nossos direitos diariamente. Por favor, nos chamem de negras. Isso é empoderamento, é representatividade, é uma luta que estamos vencendo. Quanto mais adeptas a causa, mais espaços poderão ser ocupados", destacou Duda.