Gil de Ferran, um dos maiores nomes do automobilismo brasileiro, morreu aos 56 anos nesta sexta-feira (29) após um infarto na Flórida, nos EUA. O ex-piloto estava em um circuito local quando não se sentiu bem e chegou a ser levado para um hospital próximo, mas não resistiu. A morte de Gil é outra baixa no mundo esportivo em 2023, que já havia sofrido com a tragédia envolvendo a ex-jogadora de vôlei Walewska.
Assim que a morte foi confirmada pela Confederação Brasileira de Automobilismo, Gil de Ferran, que era francês, recebeu uma série de homenagens. Ex-piloto da Fórmula 1, Felipe Massa o chamou de "lenda do automobilismo mundial". "Que notícia triste. Hoje perdemos um irmão! Pessoa maravilhosa gente boa demais", frisou.
"Campeão, amigo, rival, mentor dentro e fora das pistas. Sem palavras para descrever esta perda. Descanse em paz, meu amigo", pediu Tony Kanaan. Filho de outro ídolo do esporte, Nelsinho Piquet afirmou que não conseguia acreditar na morte inesperada de Gil de Ferran. "Sem palavras para essa triste notícia", cravou.
A escuderia McLaren emitiu nota de pesar e destacou a personalidade e talento do ex-piloto. "A sua mente brilhante e integridade pessoal incomparável tiveram um impacto duradouro em todos os que tiveram o privilégio de correr e trabalhar ao seu lado", diz um trecho.
Nascido em 11 de novembro de 1967, na capital francesa, Gil se mudou para o Brasil ainda criança, com quatro anos. Na década de 1980, o piloto fez sua estreia o kart. Mais tarde, correu na Fórmula 3, onde seria campeão em 1992.
Passou ainda pela Fórmula 3000 até chegar à chamada Fórmula Indy em 1995. Os títulos vieram pela Penske em 2000 e 2001 na Fórmula CART. Um dos maiores feitos de Gil foi vencer em 2003 a mais tradicional corrida do automobilismo, a 500 Milhas de Indianápolis. Naquele mesmo ano revelou sua aposentadoria.
A partir daí assumiu cargos em diferentes equipes como a BAR e Honda até retornar às pistas em 2008 para mais duas temporadas. Gil de Ferran deixa a viúva, Angela, e um casal de filhos, Anna e Luke.