A novela "Mulheres Apaixonadas" (2003) está voltando ao "Vale a Pena Ver de Novo" para sua segunda reprise na Globo. Costurando a história de Helena (Christiane Torloni) e César (José Mayer), tramas e temas do cotidiano, como a violência urbana que se fez presente através de Téo (Tony Ramos) e Fernanda (Vanessa Gerbelli), mãe da pequena Salete (Bruna Marquezine).
Na história exibida há 20 anos e que reúne um time de atores já falecidos, Fernanda, uma ex-garota de programa esconde a identidade do pai biológico de Salete e mantém contato com o músico Téo, seu ex-namorado e no começo da novela casado com Helena.
Mas o trágico assassinato de Fernanda em uma troca de tiros no Leblon, Zona Sul do Rio, aconteceu após uma inesperada mudança de planos do autor, Manoel Carlos , responsável também por "A Sucessora", atualmente em reprise no Canal Viva. Se você quer entender como aconteceu essa mudança, o Purepeople te conta!
Quando "Mulheres Apaixonadas" começou em fevereiro de 2003 a expectativa era que Fernanda perdesse a vida por volta do capítulo 50 - o que só ocorreu no 163º. Em menos de um mês após a estreia, "O Globo" revelou que os planos já eram outros. E isso porque Vanessa Gerbelli acabou caindo no gosto da audiência.
Dessa forma, seu contrato que iria até agosto acabou esticado em mais dois meses em decisão tomada após a exibição dos dois primeiros capítulos. Naquela época, o destino de Fernanda na novela já era outro. A mãe de Salete e Lucas (Victor Curgula) poderia simplesmente sumir do folhetim.
"Quando ela desaparecer, ou morrer, seu segredo poderá ser revelado. Existe muita especulação: Salete é filha do Téo? Lucas é filho de Fernanda? Ou nenhum dos dois é dela, apenas dele, e ela os criou?", despistou Manoel. Só dali a três meses, em junho, é que a morte de Fernanda foi sacramentada.
E aí se instaurou uma polêmica. Em julho de 2003, alguns moradores do Leblon criticaram a escolha do bairro para servir de cenário para a morte de Fernanda, vítima de uma bala perdida. "O Leblon é um dos bairros mais visitados pelos turistas que vêm ao Rio. Se eles ficarem com a imagem de que o bairro é violento, podem deixar de vir", opinião o então presidente associação comercial do bairro, Carlos Monjardim, ao mesmo jornal.
No começo de agosto, as cenas acabaram gravadas nas ruas do bairro.