Foi ao ar neste sábado (6), o capítulo danovela "Império" que talvez seja o mais esperado de toda a trama até agora. Isso por conta do retorno de Marjorie Estiano ao papel de Cora, a vilã vivida por Drica Moraes na segunda fase do folhetim de Aguinaldo Silva. Em função de um problema de saúde, Drica foi afastada das gravações e como a novela não pode parar, o autor decidiu trazer de volta a intérprete da megera na primeira fase. O fato de a personagem voltar à trama rejuvenescida não foi explicado, a víbora disse apenas que "coisas estranhas acontecem", em resposta ao estranhamento de José Alfredo (Alexandre Nero ).
A súbita troca, anunciada pela TV Globo nessa sexta-feira (5), pegou o público de surpresa e criou grande expectativa para o retorno de Cora. A solução encontrada pelo autor dividiu opiniões dos telespectadores que comentaram o capítulo pelo Twitter entre os que aprovaram a volta de Marjorie , como comentou um usuário do microblog: "Achei genial o Aguinaldo colocar a Marjorie de volta ao invés de matar a Cora"; e aqueles que não gostaram da troca sem qualquer explicação mais coerente: "Essa novela é muito comédia, a mulher some por uns dias e volta mais nova, como assim produção?", conforme postagem de outra internauta.
A princípio Aguinaldo havia decidido explicar a aparência mais jovem de Cora com uma plástica, porém, segundo publicado pelo jornal carioca "Extra", durante a gravação das cenas, ele mudou e ideia. Marjorie então gravou novamente o reencontro da vilã com o Comendador na noite da tão esperada noite de amor que não vai acontecer. Durante a cena que foi ao ar, a personagem evitou falar sobre o fato de estar tão diferente. Diante do espanto de Zé, ela disse apenas que "coisas estranhas acontecem" e depois também atribuiu a transformação ao amor que sente por José Alfredo, ao dizer: "Voltei no tempo por você".
Aguinaldo Silva confessa que chorou por Drica Moraes e Marjorie Estiano
Em seu site oficial, o dramaturgo escreveu um relato em que admite que chorou depois de passar 30 horas reescrevendo as cenas, após a saída de Drica. O autor também fez do problema resolvido uma analogia com o salvamento de um barco afundando, afirmando que "Vou fazer este Titanic chegar a Nova Iorque, sim (...)". E completou:
"(...) Eu deixei que as minhas torneiras se abrissem por si mesmas e chorei muito mais que ele. Chorei por ter sabido ser cruel e inflexível na hora exata como devem ser os líderes, chorei por ocupar essa difícil posição à frente de um grupo de 300 pessoas e assim não poder pensar em apenas uma delas, chorei pela minha querida Drica Moraes (que os anjos a tragam logo de volta), chorei por Marjorie Estiano, minha golden girl, que, convocada nas primeiras horas da manhã de quinta-feira, não se assustou nem se fez de rogada, nem sequer murmurou um 'ahn' ou um 'uhn' e apenas disse: 'me manda os capítulos!'"