Caroline Dallarosa admite uma certa dificuldade com o linguajar e o tempo de sua Arminda na novela "Além da Ilusão", que estreia dia 7 na faixa das seis. Filha única do dono de um cassino, a jovem acaba se envolvendo com o humilde Inácio (Ricky Tavares). "Está sendo bem difícil porque sou uma pessoa muito acelerada e a Arminda também é. Nós temos um tempo diferente, uma fala diferente", explica a atriz em coletiva de imprensa.
E Caroline comparou o papel atuou com sua estreia na TV, como a Anjinha de "Malhação". "Em 'Malhação' você tinha um linguajar mais jovem, digamos assim. Era mais fácil fazer porque a gente está na época de 'Malhação' e 'Além da Ilusão' a gente está falando de 1940", prossegue a artista, que na ficção será filha de Julinha (Alexandra Richter) e Constantino (Paulo Betti), que a obriga a trabalhar na Legião Brasileira de Assistência (LBA).
"É um desafio enorme! Acho que essa parte é a que tenho mais dificuldade: a questão de pensar, de como a Arminda falaria, sendo ela, sem perder o ritmo. Estou me adaptando, estou tentando, devagarinho a gente vai construindo", continua Caroline, cuja personagem terá uma relação de amizade com Isadora (Larissa Manoela, na segunda fase), a jovem por quem Davi/Rafael (Rafael Vitti) irá se apaixonar.
Aos 24 anos, a artista destaca a personalidade de sua personagem na trama de Alessandra Poggi e a parceria com Larissa. "A Arminda realmente está à frente do seu tempo. Tem todo um linguajar diferente e um sotaque bem diferente em relação à Isadora", conta.
"Eu admiro muito a Larissa, "roubo" muito dela, porque ela já vem com o tempo, tem uma experiência maior. Ela já sabe como vai se dirigir. E 'roubo' também dos meus pais na novela", lista Caroline a respeito da protagonista, intérprete também da Elisa, cuja morte provoca a prisão de Davi.
Caroline garante ainda que o público jovem irá se identificar com a história, mesmo ela correndo entre as décadas de 1920 e 1940. "A novela fala de amor, amizade e família e esses temas nunca estarão ultrapassados. A gente pode falar disso desde a época dos egípcios até daqui a 500 anos. Todo mundo tem um amor não correspondido, um que passou pela sua vida e ficou e você seguiu...", enumera.
"É uma novela muito humana e o Luís (Henrique Rios, diretor) chegou para a gente e disse para a gente sentir e não ficar travados. Tínhamos de tudo naquela época: a garota mais reclusa, a mais para frente...", lista Caroline.