Nas próximas semanas, nos dias 17 e 31 de outubro, Neymar será julgado, na Espanha, por irregularidades em sua transferência do Santos para o Barcelona, em 2017. Caso seja acusado, o jogador pode pegar cinco anos de prisão, além da impossibilidade de jogar futebol nesse período. Com isso, ele estaria fora da Copa do Mundo 2022 (+ confira alguns detalhes sobre a competição).
Em entrevista coletiva, o advogado da DIS explicou os valores da negociação envolvendo Santos e Barcelona. Na época da transferência, Neymar disse que a cláusula de rescisão da então promessa girava em torno de 65 milhões de euros (cerca de R$ 195 milhões na cotação de 2009).
"Nossa demanda tem duas bases. A primeira delas é um crime de corrupção privada, e a segunda um crime de fraude na modalidade de simulação contratual. A causa real dos contratos que Neymar assinou com o Barcelona foi salvar o que tiveram de pagar à DIS e ao Santos, uma cláusula de rescisão de 65 milhões de euros", iniciou Nasser.
Ainda de acordo com o advogado, o grupo recebeu apenas 6,8 milhões de euros. Porém, na verdade, o Barcelona teria pago 25 milhões de euros ao Santos e cerca de 60 milhões de euros para empresas do pai do atacante.
Além da prisão de Neymar e dos dirigentes do Barcelona e do Santos na época, o grupo ainda pede 195 milhões de euros em "compensação financeira".
Em um vídeo enviado pela assessoria de Neymar, os advogados do craque afirmam que não tem como o atleta ser julgado pois o crime de corrupção privada não existe no Brasil. Logo, não teria como um cidadão brasileiro ser penalizado em outro país por ele.
Atualmente, integra a lista de jogadores brasileiros mais bem pagos do mundo. No Brasil, o TRF concedeu um habeas corpus a Neymar, por conta do processo de sonegação de impostos.