Ana Maria Braga e seu fiel companheiro, Louro José, fizeram história na televisão brasileira. A dupla inusitada formada pela loira e por um papagaio interpretado pelo saudoso Tom Veiga conquistou o coração de milhares de brasileiros ao longo dos anos. Mas, você sabe o que está por trás da criação do fantoche? Nesta quinta (20), em entrevista ao 'PodPah', a apresentadora do 'Mais Você' relembrou o início da parceria icônica.
Louro surgiu em 1997, quando Braga ainda apresentava o 'Note e Anote', da Record TV. A atração era exibida logo depois de um programa voltado ao público infantil! "Percebi que tinha uma audiência ali naquele momento que começava a dar no infantil. Se eu não tivesse alguma coisa que atraísse a molecada, eu estava frita", recordou ela sobre o momento em que teve o 'insight' de criar o papagaio simpático.
Com o foco em encantar a 'criançada' que era fiel na audiência, Ana Maria decidiu buscar uma figura que chamasse atenção e deixasse seu programa mais 'palatável' aos pequenos. "Aí o que eu fiz? Inventei o Louro. Tinha que ter uma saída para aquilo ali. Quando você tem um problema, você tem que arrumar uma solução. Tinha um monte de moleque na frente, criançada, vou buscar... Mas, que bicho fala? Papagaio só tinha o Zé Carioca. Precisava arrumar um jeito de ter um papagaio", explicou.
Foi então que a loira desenhou um rascunho do que viria a ser Louro José por conta própria. Ela também foi atrás de alguém para confeccionar o fantoche que, inicialmente, era bem precário (coitado!): "Era uma coisa toda estranbelhada. O primeiro Louro era uma coisa desforme. A ideia era essa, mas precisava de alguém para fazer [...] Não tinha ninguém que fizesse, não achava a pessoa".
Quando finalmente tinha o papagaio em mãos, Ana precisava de alguém para dar vida ao animal. Tom Veiga foi o nome que veio à sua cabeça, mas segundo a apresentadora, ele não queria fazer. Com o tempo, Braga conseguiu convencê-lo e a parceria mais inusitada finalmente surgiu! "Ele tinha vergonha e eu falei: 'ninguém te vê'. Ele falou: 'Eu sei, porque sou eu'. A voz veio nascendo, porque a gente não tinha voz. Nós dois fomos montando, eu me dava muito bem com ele, era um cara extraordinário, ele montou a personalidade do Louro", disse.
"Nessa época, ele [Tom Veiga] continuou assistente de estúdio e eu falava que ia falar com o papagaio e ele saia correndo, largava tudo e vinha correndo, enfiava a mão no bicho", concluiu ela, com boas recordações do amigo que faleceu em 2020.