Depois de ser indiciado pela morte de Cristiano Araújo e sua namorada, Allana Moraes, o caso de Ronaldo Miranda, motorista do cantor, chegará à Justiça. Nesta terça (15), Nelson Vilela, da Promotoria da Justiça de Morrinhos, em Goiás, declarou ao Purepeople que o caso chegará na Justiça em breve. "Até o fim da semana, o Ministério Público vai estar entregando a denúncia à Justiça", informou o promotor através da assessoria de imprensa do Ministério Público de Goiás.
"Na prática, isso significa que agora é que o processo vai ser enviado para a Justiça, para que o réu possa ser julgado", explica o órgão. Roberto Miranda, amigo do sertanejo falecido em um acidente de carro no dia 24 de junho, responderá por duplo homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.
Um dos pontos para a acusação ao motorista foi o laudo técnico da própria Land Rover, montadora do veículo do cantor. O relatório concluiu que o carro estava a 179 km/h, segundos antes do acidente fatal na BR-153, em que a velocidade máxima era de 110 km/h. Além disso, Cristiano Araújo e Allana não usavam cinto de segurança e houve uma troca das rodas originais do automóvel por outras mais deterioradas.
Roberto Miranda deu depoimento emocionante sobre acidente: 'Ele perguntou por mim'
O motorista de Cristiano Araújo deu detalhes do momento do acidente, ao programa "Domingo Show", da Record. Antes do carro capotar, ele, que já havia admitido estar acima da velocidade permitida, ouviu o barulho de um pneu furado: "Eu estava calmo e na hora pensei: 'vou ter que sair pra trocar o pneu'. Mas logo em seguida perdi o controle do carro. Nessa hora não estava mais nas minhas mãos, não vi mais nada", garantiu.
Após o carro capotar, ele acredita ter ficado desacordado por menos de um minuto e afirmou ter voltado a si quando o resgate o tirava do veículo. "Sentei no chão e vi o Cristiano. Ele estava deitado e perguntou por mim. Coloquei a mão no braço dele e logo nos levaram para as ambulâncias. Pensei que estivesse tudo bem com ele", disse. E completou: "Vi a Allana deitada no chão também. Tinha um monte de gente em volta dela, mas a essa altura não sabia que ela tinha morrido. Só fui descobrir quando já estava no hospital e ouvi as enfermeiras comentando. Aí o mundo desabou na minha cabeça. Pensei nos pais dela que já tinham perdido um filho. Aí me aplicaram uma injeção e eu dormi, acordei na ambulância indo pra Goiânia", relembrou o motorista, que pode ser condenado a uma pena entre 2 e 4 anos de prisão, além de perder a Carteira de Habilitação.
(Por Júlio Parentes)