O ex-presidente do Chile Sebastián Piñera deixa uma herança bilionária com sua morte aos 74 anos ocorrida nesta terça-feira (6) após um acidente de helicóptero na região de Lago Ranco, no interior daquele país, distante 920km da capital, Santiago. A imprensa local revelou que uma chuva forte derrubou a aeronave, em fatalidade que lembra a trágica morte do ator Christian Oliver, em janeiro.
Outras três pessoas que estavam a bordo sobreviveram e o Governo decretou luto nacional de três dias. O atual presidente, Gabriel Boric, que assumiu a Presidência em 2022 substituindo o próprio Piñera declarou que o antecessor "contribuiu com sua visão para a construção de grandes acordos para o bem do país. Democrata desde o início que buscou o que acreditava ser melhor para o Chile".
Filho de um embaixador, Piñera nasceu na capital chilena em 1º de dezembro de 1949, se formou Engenheiro Comercial em duas universidades (a Católica do Chile e a de Harvard, nos EUA), foi empresário e empreendedor. Ele participou de movimento contra a Ditadura em 1988 e se candidatou à Presidência em 2005 (quando foi derrotado), 2010 (quando venceu) e 2018 (sendo reeleito). Na vida pessoal, teve quatro filhos com a mulher, Cecilia Morel, com quem se casou em 1973.
Mas qual é a fortuna de bilhões deixada por Piñera? Segundo a revista "Forbes", no dia da morte, o patrimônio foi estimado em 2,7 bilhões de dólares, ou seja, R$ 13,4 bilhões. O ex-presidente chileno chegou a ser acionista da LAN, hoje a multicional LATAM, de um canal de TV e do Colo Colo, um dos clubes mais tradicionais do país.
Para se chegar a esse valor bilionário foram considerados ainda investimentos feitos naquela companhia aérea, bancos, e em empresas de comunicações e cartões de crédito, além de rede de supermercados. Em relação às propriedades, a família é dona de um imóvel em Bahía Coique, perto do local da tragédia e a fortuna faz os Piñera serem os quinto mais ricos do Chile, de acordo com o "Seu Dinheiro".
Piñera chegou a ser proprietário de uma construtora, sócio da família Cueto, e dono de um projeto imobiliário que faliu pós-recessão de 1982. Outros negócios foram feitos ao passar dos anos em sociedade, como foi o caso de uma construtora no qual foram investidos 21 milhões de dólares.